CRENÇAS LIMITANTES – ELAS EXISTEM?   Parte 1

CRENÇAS LIMITANTES – ELAS EXISTEM? Parte 1

Desde o nosso nascimento, e por toda a nossa vida, recebemos as influências vindas do mundo exterior.

Essas influências nos atingem na forma de ideias, estímulos, sugestões, experiências, palpites, e que “entram” em nosso cérebro através dos nossos cinco sentidos físicos: visão, olfato, tato, paladar e audição.

Toda essa gama de informações vai sendo “filtrada” e, com o corer do tempo, vai nos “moldando” e fazendo com que sejamos aquilo que somos hoje. E o que somos hoje é diferente do que fomos ontem e também serà diferente do que seremos amanhã.

A evolução na nossa maneira de pensar mostra que estamos continuamente mudando nosso mindset e que, de uma ou outra forma, nossos pensamentos e nossa visão de mundo são desenvolvidos através da influência direta de outros indivíduos presentes no ambiente onde vivemos.

Tudo aquilo que nos “molda” começa na nossa infância através dos nossos parentes próximos (pais, avós) e, à medida que crescemos também vão sendo influenciados pelos nossos amigos, professores, colegas de trabalho etc., como procuro demonstrar na figura 1.

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Somos seres em constante transformação interna e em contínua evolução, acompanhando as transformações e mutações que ocorrem continuamente no ambiente externo.

Ê dessa forma que mudamos o nosso fenótipo enquanto o nosso genótipo continua o mesmo.

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Pela figura acima, pode-se perceber que vários são os contituintes do fenótipo humano, sendo, um deles, nosso sistema de crenças.

Mas o que é uma crença? Algumas definições são:

1 - crença é o ato ou efeito de crer na verdade ou na possibilidade de algo.

2 -crença é aquilo que acreditamos ser verdadeiro provável ou seguro.

3 -crença também significa certeza, segurança, confiança, uma firme convicção.

Toda crença é uma interpretação ou um pensamento de convicção que aceitamos como verdade absoluta sobre algo, mesmo que não seja. Por isso o ato de crer é algo exclusivamente mental.

Por exemplo, desde um ponto de vista religioso, uma crença nada mais é do que a fé, convicção, credo em ideias religiosas compartilhadas por um grande número de pessoas.

As crenças podem ser comparadas a programas de computador que ficam atuando de forma automática no nosso céerebro, particularmente na porção reptiliana, a mais primitiva e que é a responsável pelas funções de luta ou fuga e sobrevivência.

As crenças são como cortinas que nos impedem de ver a realidade, que distorcem a percepção, que determinam nossa visão, pré-definem nossas opções e, portanto, acabam com o livre-arbítrio.

Voltaremos a falar sobre livre-arbítrio e sua importância mais adiante.

CRENÇAS LIMITANTES

Algumas definições de crenças limitantes são:

1 – é aquilo em que você acredita mas que lhe limita de alguma forma, seja de você para você mesmo, seja através de seus relacionmentos.

 2 – crenças limitantes são crenças falsas que evitam que persigamos nossos objetivos, sonhos e desejos.

Elas tem a tendência de nos afetar de forma negativa, impedindo de crescermos e de nos desenvolvermos como seres humanos, tanto a nível pessoal como profissional e impedindo-nos de ser felizes.

Elas nos impedem de fazer boas escolhas, de aproveitarmos novas oportunidades ou mesmo de impedir que alcancemos nosso potencial pleno.

Também podem ser consideradas como desculpas para não se fazer aquilo que gostaríamos de fazer, mantendo-nos em nossa zona de conforto e impedindo-nos de ir além. Elas limitam nossa visão de mundo.

Elas nos mantem presos através de estados mentais negativos impedindo que vivamos a vida que realmente queremos viver. Elas estagnam a nossa vida.

Por fim, elas não permitem que a pessoa atualize sua realidade interna a partir da maneira como ela vê e percebe o mundo, o que pode gerar conflitos internos os quais se traduzem por comportamentos negativos que podem gerar sofrimento e até destruir sua saúde, pelo aparecimento de doenças como ansiedade e depressão, e, por consequência, sua qualidade de vida.

CAUSAS

Agora que já sabemos o que é uma crença limitante, vamos procurer entender sua origem.

Para isso gostaria que você voltasse à figura 1. Como podemos perceber, suas origens vem, na maioriua das vezes, do ambiente onde nos desenvolvemos e somos criados.

Assim, a educacão que recebemos, as experiências e as situações pelas quais passamos, tudo isso pode facilitar o desenvolvimento de tais crenças, impedindo a pessoa de ter uma vida plena e impedindo o enfrentamento de siruações desafiadoras, o desenvolvimento de novas habilidades e impedindo a expansão de seu potencial como um todo.

Mas além daquelas provenientes da família, dos amigos, dos professores e das experiências vividas (positivas ou negativas) que você vai considerar como verdadeiras, existem outras, como citamos abaixo.

1 - idade

Muitas pessoas usam a idade como uma desculpa para não fazer as coisas que desejam fazer. Acham-se muito velhas para voltar a estudar, mudar de carreira, iniciar um novo relacionamento amoroso ou desenvolver uma nova habilidade.

Outras, no extremo oposto, acham-se muito jovens para se candidatar ao emprego dos seus sonhos, mudar de cidade ou de carreira, abrir seu próprio negócio etc.

Pode-se perceber como a crença baseada na idade é ilógica visto que tanto as pessoas “velhas”, como as “jovens”, usam sua idade para não fazer o que desejariam pelos mesmos motivos.

2 – Características pessoais

Outra causa da origem de crenças limitantes pode estar nas suas próprias caraterísticas pessoais.

Por exemplo, a pessoa pode se achar muito burra para se candidatar a uma vaga de emprego, a entrar em uma faculdade ou mesmo manter uma conversa com alguém que considere mais inteligente etc.

Entretanto, a parte mais difícil no que diz respeito às nossas características é que nós (geralmente) não podemos mudá-las. Assim, se acreditarmos que o mundo simplesmente vai nos odiar para sempre pelo fato de sermos baixinhos ou gordinhos, então nós mesmos nos condenaremos a viver com isso pelo resto das nossas vidas.

3 – Pensamentos, sentimentos e emoções

Sim, eles também podem “travar” sua vida. Alguns exemplos clássicos são:

- isto não é para mim,

- não sou forte o suficiente,

 - não levo jeito para isso,

- não vou conseguir,

- não sou merecedor deste prêmio,

- não tenho dinheiro,

- não consigo aprender tal coisa,

- nunca conseguirei ser uma pessoa organizada,

- se eu fizer isso ou aquilo, o que os outros vão pensar?

- é muita areia para o meu caminhão,

- tenho medo de tentar e errar,

- não tenho o necessário,

- certamente irão me julgar,

- nunca consegui fazer isso,

- não sou bom em matemática por isso não posso fazer faculdade de engenharia,

- nunca vou emagrecer porque não tenho disciplina para manter a dieta e praticar exercícios,

- tenho que casar com alguém da mesma religião pois minha família não aceitaria uma pessoa de outra,

- não sou um técnico de eletrônica bom o suficiente para ganhar dinheiro com isso,

- posso me dar mal se mudar de emprego,

- não posso ser advogado pois minha família quer que eu seja um medico,

- devo trabalhar aqui pois não conseguiria emprego em outro lugar,

- não sou tão bom quanto eles para entrar nessa disputa,

- devo continuar no casamento para manter as aparências.

- não tenho as qualificações necessárias.

- é tarde demais.

- não sei por onde começar.

- já tenho responsabilidades demais,

- vou passer a minha vida inteira sozinho e/ou sem ser amado,

- não tenho tempo porque sou muito ocupado.

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Recordando, de uma forma geral, tais crenças tem sua origem em:

- crenças pessoais, representadas pelas experiências vividas pela pessoa e que a levam a desenvolver determinados bloqueios mentais;

- experiências e crenças “hereditárias”, aquelas relacionadas com a maneira como fomos criados;

- medo ou desculpas, usados para parar o que se está fazendo . E aqui se incluem os medos do sucesso, o medo de errar, medo de não desenvolver outra habilidade, medo de não ser amado, medo de ser rejeitado em qualquer relacionamento etc.

- relacionamentos, onde outras pessoas, próximas ou não, podem exercer influência sobre você;

- a sociedade pode impor padrões que podem gerar o aparecimento e desenvolvimento delas.

Mas o mais engraçado é o paradoxo relacionado a esse aspecto: o que precisamos fazer para lidar com essas emoções é exatamente o que estamos evitando fazer.

Assim, por exemplo, se você estiver triste ou deprimido, saia e vá encontrar um amigo ou uma amiga. Isso ajuda a combater a tristeza e a depressão.

Não fazer isso alimenta o ciclo vicioso das crenças limitantes: não fazemos nada que deveríamos fazer e, fazendo nada, aumenta o poder delas sobre nós.

Agora, atente para o seguinte fato: a grande maioria das crenças citadas começam com a palavra NÃO ou algo que denote negatividade.

E isso pode ser uma armadilha porque, quando a empregamos, estamos excluindo outras possibilidades, opostas e positivas, que podem se tornar verdadeiras.

(Continua na parte 2).



 



       




Silvana Carvalho

Client Service Executive | Sucesso do Cliente | Experiência do Cliente | Account Manager | Gestão Comercial

2 a

Obrigada amigo Luiz Fava creio que tenho tido crenças limitantes e me deixado auto sabotar. Mas estou trabalhando para mudar isto e breve teremos a parte 2 Abrazos

Francine Ghanem

Linkedin Creator | Empreendedora | DASA | Santa Luzia Laboratório Médico | Gestão de Saúde | Farmácia de Manipulação | Análises Clínicas | Atendimento ao Cliente | Liderança Feminina | Casa de Comadre

2 a

Luiz Fava somos cercados por crenças, algumas nem percebemos! Requer atenção aos padrões tão incorporados na vida. Excelente artigo, amigo estava inspirado!!!! Abs

Marli Hayduk Poletto

Licensed Acupuncturist | acupunturista

2 a

Muito bom, bem isso.

Alvaro Cesar Gomes Oliveira

Analista de Negócios | Product Owner

2 a

Muito interessante assunto de Crenças e Crendices; Ansioso pela parte II Luiz Fava

Marcus Vinicius Pinto MSc (PcD) Professor

Consultor de tecnologia de informação especialista em Inteligência Artificial, Governança de Dados e Arquitetura de Informação. Conheça meus livros na Amazon!

2 a
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