Criar aplicativos NÃO é mais tarefa de um programador.

A solução para falta de mão de obra especializada em tecnologia da programação por mais absurda que possa ser está em não ser um programador!

Segundo a Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação) estima-se que no Brasil até 2024 serão necessários cerca de 420 mil profissionais de tecnologia da informação, enquanto atualmente formam-se apenas 46 mil por ano.

Se continuarmos assim será impossível atender todas as demandas tecnológicas para construção das plataformas digitais necessárias para automatizar os processos de negócios.

Será esse o fim da Revolução Digital? Eu diria que é apenas o começo...

Criar aplicativos não é mais tarefa apenas de programadores, imagine uma plataforma para criação de softwares feitos sem código? Isso facilitaria e muito a vida de quem não é programador não é mesmo?

Pois bem, isso é possível através do uso de plataformas Low-Code e No-Code.

Uma plataforma Low-Code permite fazer o desenvolvimento de aplicações com pouco código de programação, já a No-Code é o avanço disso, em resumo, uma plataforma No-Code permite que uma pessoa que não entende nada de programação consiga desenvolver aplicações sem escrever nenhuma linha de código, apenas configurando componentes gráficos, desenhando e parametrizando processos de negócios.

O Gartner prevê que até 2024, 65% de todo o software desenvolvido no mundo será baseado em plataformas Low-Code e No-Code.

Em valores, a consultoria estima que o mercado movimentou cerca de US$ 13,8 bilhões (R$ 72,67 bilhões) no mundo, em 2021.

Mas o que já é possivel fazer através de uma plataforma Low-Code e No-Code?

Em uma pesquisa rápida encontrei diversas atividades que antes demandariam um enorme esforço da área de tecnologia para desenvolver uma aplicação e que hoje podem sem criadas sem a necessidade de envolver um único programador como, por exemplo:

•  Criar um site – Wix.com, Wordpress e Google Sites.
• Criar um aplicativo – Adalo.com e Bubble.io
• Automatizar um processo de negócio – Monday.com e Pipefy.com
• Gerenciar projetos e tarefas – Trello.com e Notion.com
• Criar um fluxo de captação (funil) de possíveis clientes – RDStation.com e LeadsLovers.com
• Criar e gerenciar uma plataforma de treinamento – Skillplace.com e Degreed.com
• Criar uma loja virtual – Shopify.com
• Criar uma comunidade e onboarding de usuários – Memberstack.com e Memberful.com
• Criar e configurar um processo de pagamento online – Hotmart.com e Stripe.com
• Integrar e automatizar diferentes aplicativos e plataformas – Zapier.com e Automate.io
• E muitos outros...

Com isso, está declarada a morte ao departamento de tecnologia e ao programador?

Com certeza não! Ainda temos muita demanda tecnológica a ser construída e customizada.

Empresas que adotam a utilização de plataformas No-Code entendem que a tecnologia tem um novo papel dentro da sua corporação:

A TI agora passa a focar os recursos técnicos no desenvolvimento de soluções específicas ao core business (principais produtos/processos da empresa) e habilitar as áreas de negócios com serviços padronizados e seguros que permitam o desenvolvimento de aplicações sem a necessidade de uma equipe de programação.

Neste contexto a área de tecnologia passa a ser um "habilitador" de acesso a essas plataformas garantindo padrões, segurança de dados e treinamento no correto uso destas novas ferramentas de trabalho.

Em um futuro próximo todo profissional será um programador, mas não necessariamente um codificador de computadores.

Eu acredito que a tecnologia é a mais nova “segunda língua” do profissional do futuro e cada nova tecnologia que você não aprende é uma vantagem competitiva que você perde.