CRIATIVIDADE, A NOVA RIQUEZA EM EXPLORAÇÃO?
Que o capitalismo tem sugado nossas fontes de recursos de inúmeras formas que temos recorrido a lei dos 3 R's para conseguir energia e matéria-prima; Que a sociedade tem aumentado exageradamente o consumo e temos ficado sem horizonte, todos já sabem. Mas seria agora, a criatividade, o intelecto humano o novo recursos a ser explorado?
Pois bem caro leitor, essa foi a bomba lançada há tempos atrás pela mídia europeia. A tal da 'Economia Criativa' tem dado o que falar....e muito. Segundo denotação, nada mais é que: 'Uma nova forma de abordagem econômica, impulsionada por uma necessidade de repensar determinada atividade — que passe por momentos de estagnação, declínio ou crise — Ou seja, foca na inteligência e criatividade intelectual para encontrar alternativas. Entre outras palavras, ideias que valem dinheiro.
Foi o consultor e autor britânico John Hawkins, em 2001, o primeiro a usar o termo, no livro “Economia Criativa: Como as pessoas fazem dinheiro com ideias”, onde defendia que o sucesso não depende apenas de investimento, máquinas ou equipamentos, mas de boas ideias. O novo olhar surgiria como aliado dos avanços específicos da tecnologia da informação, do talento empresarial e midiático e, ao mesmo tempo, inimigo do baixo custo de mão de obra – uma saída para remunerar melhor os talentos vítimas do achatamento salarial – e falta de conhecimento e aprimoramento da mesma.
Por aqui a coisa já “espirrou” e tentando faturar com a nova ideia, o BNDES elevou em três anos a dotação orçamentária para a economia criativa de R$ 135 milhões para R$ 1 bilhão, oferecendo mundos e fundos, literalmente, em linhas de crédito para os setores de jogos eletrônicos, ciência e tecnologia, editorial e cadeia produtiva de espetáculos ao vivo. Esse último remete mais a política do 'pão e circo' de César do que intelecto propriamente dito (por sinal, o próprio Papa Francisco tem citado tal política nos seus discursos).
A nova economia já é discutida há muito tempo no desenvolvimento regional de cidades como Berlin, Milão, Helsinki, Frankfurt, Lyon e Rotterdam. Chega ao Brasil há alguns poucos anos e tem movimentado bastante o mercado nesta era de crise. Parece que a mesma fomenta a criatividade do mercado...Bom, a ideia pode até soar estranha, mas com tantos exemplos diários, no mínimo consistentes, não soa de todo ruim...... Consumir criatividade e viver dela numa era tão digitalizada, onde tudo é rápido e dinâmico é sinceramente, o melhor jeito de sobreviver aos altos e baixos do mercado e se adaptar as mudanças.