Criatividade pode ser preta e branca

Pense em criatividade. 

Muito provavelmente você pensou em uma lâmpada ou um turbilhão de informações coloridas, desordenadas, “brincando”. Um cérebro colorido é uma imagem que comumente vemos na internet quando pesquisamos o assunto. 

Talvez sua mente tenha vagado até grandes artistas, que estão imersos em um ímpeto reflexivo de produção e um emaranhado de pensamentos e cores. 

Mas a verdade é que existe uma narrativa de que a criatividade nasce de pessoas excêntricas, artísticas, desorganizadas até certo ponto, e talvez não tão profissionais quanto o estereótipo convencional de produtividade. Essa associação é inata, mas não reflete a realidade. 

A percepção estereotipada que associa criatividade à descontração tem perdurado nos moldes produtivos, propagando a crença de que somente indivíduos excêntricos, pouco convencionais, são capazes de conceber ideias criativas. Essa perspectiva distorcida não apenas subestima a essência genuína da criatividade, mas também exerce impacto adverso em quem trabalha com essa habilidade, como é exemplo em agências de comunicação. Estas, frequentemente, enfrentam desafios em seus esforços para serem reconhecidas como entidades estratégicas e profissionais.

O mundo é contraditório em relação à criatividade. Por um lado, as pessoas dizem que a criatividade é uma coisa boa e positiva, mas por outro torcem o nariz para tal. 

A validação é árdua, principalmente quando você promove um modelo de trabalho e criação que equilibre ideias mirabolantes e resultados excepcionais.  

Criatividade é um fenômeno multifacetado, pluri dimensional e vários aspectos interagem no seu processo e expressão. A criatividade não é um mero ato de inspiração aleatória, mas sim uma disciplina que exige estratégia, profissionalismo e colaboração. Neste contexto, agências de publicidade criativas desafiam os estereótipos e buscam estabelecer-se como parceiras estratégicas e profissionais para seus clientes.

Agências de publicidade criativas, que operam em ambientes descontraídos e demonstram um modelo novo de produção, têm o desafio de demonstrar que sua abordagem criativa é fundamentada em estratégia e profissionalismo. A colaboração entre a liberdade criativa e a execução disciplinada é o cerne de uma agência de publicidade bem-sucedida, que pode influenciar positivamente os resultados de negócios de seus clientes.

A associação equivocada entre criatividade e descontração não deve obscurecer a autêntica natureza da inovação criativa, e esta, não deve ser vista como oposta ao profissionalismo. Pelo contrário, ambas podem coexistir e se complementar. Uma agência de publicidade criativa que valoriza um ambiente descontraído pode cultivar a inovação e a originalidade, sem comprometer a execução estratégica e profissional. Isso ocorre por meio do estabelecimento de processos bem definidos, equipes multidisciplinares e uma compreensão profunda dos objetivos do cliente.

Mas não apenas isso, se espera muito e todo o tempo de pessoas que assumem a criatividade. As ideias precisam vir a todo momento, a “Eureka” deve ser cotidiana e exclui-se o processo como um fluxo que pode ser ministrado de maneira organizada e habilidosa, afinal, ainda se entende que criatividade é uma maneira de ser. Novamente vem a imagem de um turbilhão de coisas e cores. Ledo engano.

Criatividade é uma habilidade que se desenvolve, assim como você aprende a se portar em uma reunião e usar o Excel. Propor ideias inovadoras é um trabalho sério, profissional e assertivo. 

Trabalhar com criatividade não é brincar de resolver problemas, nem uma diversão contínua. Foque novamente na palavra trabalho se necessário.