A Crise da Ciência Social 1.0

A Crise da Ciência Social 1.0


“O significado das crises: é chegada a hora de renovar os instrumentos.” - Thomas Kuhn.
(Do Acervo dos nossos Conceituadores da Inovação Preferidos)

Conseguimos identificar cinco Camadas Históricas, a saber:

  • Cosmo-Histórica - fenômenos com consequências de bilhões de anos, tal como o surgimento dos planetas;
  • Macro-Histórica - fenômenos com consequências de milhões ou milhares de anos, tal como o surgimento de novas mídias;
  • Meso-Histórica - fenômenos com consequências de milhares de anos ou séculos;
  • Micro-Histórica - fenômenos com consequências dentro das décadas nos séculos;
  • Super-Micro Histórica - fenômenos com consequências nos anos, meses e semanas.

Há Fenômenos dentro das Cinco Camadas Históricas, que são:

  • Não Humanos - que são analisados pelas Ciências Não Sociais;
  • Humanos - que são analisados pelas Ciências Sociais.

Note que rejeitamos o conceito de "Ciência Humana".

Toda Ciência estudada pelo Sapiens é humana, o que varia é o tipo de Fenômeno que é analisado.
Elefantes não fazem Ciência. Assim, temos Ciências Sociais e Não Sociais.

Do ponto de vista da Ciência sugerimos que:

  • Os buracos negros são fenômenos analisados pelas Ciências Não Sociais;
  • E as Revoluções de Mídia pelas Ciências Sociais.

A Ciência Social analisa Fenômenos Humanos, principalmente quem é o Sapiens e como ele procede na sua Jornada pela Sobrevivência.

O epicentro da Ciência Social, assim, é a definição de como o Sapiens caminha ao longo do tempo.

A partir das bases filosóficas e teóricas da Ciência Social, estruturamos as diferentes Subciências Sociais.

No epicentro da Ciência Social, temos que escolher, querendo ou não, a definição de algum tipo de Motor da História.

É da escolha do Motor da História que todas as Subciências Sociais começam a sua jornada de compreensão e apoio para lidar com os diferentes Fenômenos Sociais.

Ciência Social ("Quem Somos?" e "Como avançamos na Macro-História?") e as diferentes Subciências Sociais:

  • Administração;
  • Psicologia;
  • Direito;
  • Política;
  • Economia;
  • Educação;
  • Outras.

Quando um fato qualquer não está previsto dentro da Ciência Social é preciso que haja uma revisão não só nela, mas em todas as outras Subciências Sociais.

Temos um efeito Bola de Neve Conceitual.

Efeito Bola de Neve Conceitual - quando há necessidade de um questionamento Filosófico e Teórico, que acaba por demandar revisões em várias Subciências correlatas.

Temos hoje, a partir da chegada do Digital, um Efeito Bola de Neve Conceitual.

A chegada da Revolução Civilizacional 2.0 provocou uma Anomalia Conceitual na Ciência Social.

As diferentes Escolas de Pensamento da Ciência Social não levam em conta o papel das mídias nas mudanças das Eras Civilizacionais.

Note que não é uma Anomalia em pontos secundários da Ciência Social, mas no seu epicentro.

Temos, assim, por causa da incompreensão diante do Digital, uma Macro Anomalia da Ciência Social.

Macro Anomalia - é uma anomalia de grandes proporções, estrutural, em itens primários de uma ciência, que exige uma revisão filosófica das suas bases conceituais.

Temos, assim, hoje uma Crise Estrutural da Ciência Social 1.0, pois é preciso fazer uma Revisão Filosófica do seu epicentro.

É preciso rever como o Sapiens promove mudanças civilizacionais ao longo do tempo, pois o que temos hoje não é mais adequado.
A Revolução Digital não foi prevista e, depois que ocorreu, ainda não é compreendida na dimensão adequada pela Ciência Social 1.0.

Se temos uma crise Primária e Estrutural na Ciência Social, por consequência, temos uma Crise na mesma dimensão em todas as Subciências correlatas.

Temos uma Crise Conceitual Estrutural na Administração, na Educação, no Direito, Política, entre outras.

A Ciência Social 1.0 é Pré-McLuhan. E a 2.0 é a Pós-McLuhan.

Marshall McLuhan (1911-80) percebeu o relevante e fundamental papel das mídias no Motor da História do Sapiens.

Diz ele:

"Mudou a mídia, mudou a sociedade."

Assim, quando pensamos, por exemplo, a Administração, onde se incluem todos os nossos Paradigmas sobre negócios, é fundamental entender o tamanho da mudança que estamos passando.

Tudo que pensamos sobre a sociedade humana precisa ser revisto, a partir das sugestões de McLuhan.

Por consequência, do que sugere McLuhan nas alterações do Motor da História Humana, temos o seguinte:

  • Mudou a mídia, mudou a educação;
  • Mudou a mídia, mudou o direito;
  • Mudou a mídia, mudou a política;
  • Mudou a mídia, mudou a administração;
  • E por aí vai.

A Ciência Social 2.0, ao incorporar o papel das mídias, consegue perceber a relevância de forças vivas, tais como a demografia e o surgimento de tempos em tempos de novos Macro Modelos de Cooperação.

A Bimodais, na verdade, tem desenvolvido o que podemos chamar de Ciência Social 2.0 ou Ciência Social Bimodal.

O que tem de novo na Ciência Social 2.0?

  • compreendemos o papel das mídias como um Fator Detonante de novas Eras Civilizacionais;
  • que ocorre em função do Fator Causante que é o aumento populacional;
  • que nos traz como Fator Consequente novos Macro Modelos de Cooperação Humana.

Sem a devida Revisão Conceitual da Ciência 1.0, se torna impossível compreender o novo século.

Mais.

Quando falamos em Ciência Social estamos estudando basicamente o que é estrutural no Sapiens: "Quem Somos?" e "O como nos adaptamos na nossa sobrevivência?".

Quando respondemos o "Quem Somos?", temos OBRIGATORIAMENTE que responder: somos uma espécie como todas as outras que se adapta para sobreviver.

As outras espécies se adaptam de forma instintiva e nós de forma reflexiva.

Podemos propor na Animalogia Negativa que temos o seguinte:

  • Inovação Instintiva - feita pelos outros seres vivos para se adaptar na sua jornada de sobrevivência;
  • Inovação Reflexiva - feita pelos Sapiens para se adaptar na sua jornada de sobrevivência.

Porém, podemos nos perguntar o seguinte.

Existe a possibilidade de pensar a Jornada Humana do Sapiens sem pensar em Inovação?

Temos dois tipos de visão sobre a história do Sapiens:

  • um Sapiens mais fixo e pouco mutante, no qual se analisa pouco os movimentos Macro-Históricos;
  • um Sapiens mais mutante e pouco fixo, no qual se percebe os movimentos Macro-Históricos.

Quando analisamos a Macro-História, vamos perceber movimentos do Sapiens, que se repetem ao longo do tempo.

Diria que o que se repete é tudo aquilo que leva o Sapiens a sobreviver.

O que é estrutural no Sapiens? A sua luta pela sobrevivência. O que se modifica? Como sobrevivemos!

O que muda de tempos em tempos é o como procedemos a sobrevivência.

Portanto, quando pensamos na Ciência da Inovação, estamos falando de um tipo de abordagem da Ciência Social.

Quando propomos a Ciência Social 2.0, estamos sugerindo que passemos a utilizar a Ciência da Inovação.

As Ciência da Inovação não é uma subciência da Ciência Social, mas a própria Ciência Social vista de forma mais adequada com a nossa jornada.

É isso, que dizes?

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