A CRISE DO SENTIDO – Nossa sociedade está doente (Parte Final)

A CRISE DO SENTIDO – Nossa sociedade está doente (Parte Final)

“Como cultura, estamos enlouquecendo. Por quê? As razões são de natureza espiritual, que nossa instabilidade pessoal e coletiva deriva da forma peculiar de alienação associada ao fato de o homem ter se afastado de seu centro – alienação do sentido, valor, finalidade e visão, alienação das raízes e das razões de nossa humanidade.”

Danah Zohar e Ian Marshall

 Na cultura moderna a forma mais comum de atrofia espiritual conhecida entre nós por atrofia de sentido da vida, ocorre pelo fato de estarmos nos tornando racionais demais. Nossa alma segue separada do nosso corpo, isolando-nos dos nossos próprios recursos internos – os sonhos, a criatividade, o poder da nossa imaginação.

Esta realidade nos deixa suscetíveis às oscilações emocionais, facilmente sendo provocados pelos sentimentos mais básicos, localizados no nosso cérebro límbico/racional como: raiva, medo, inveja, ira. Tornando-nos reféns das reações baseadas em emoções, ou seja, reativos.

O desequilíbrio começa a fazer parte da rotina e aos poucos vamos sendo sugados pela representatividade de um único papel, perdendo a autenticidade do eu.

Emocionalmente, deixamos de lado as habilidades empáticas e de autocontrole, pois vivemos uma vida baseada na busca por “posição e status”.

Após uma dura reflexão do abandono de que somos capazes de levar a nós mesmos, a pergunta que faço é se seria possível nos recuperarmos frente ao contexto e construirmos uma vida que tenha sentido, onde nós estejamos conectados com quem somos?


Pois bem, acredito que em certo momento da vida, este vazio existencial nos incomoda tanto, que temos dois caminhos possíveis. Um diz respeito à alienação da alma em prol do ego e uma vida cheia de inseguranças e medos eternos. O outro, diz sobre vivenciarmos a experiência de conhecermos a nós mesmos e enfrentarmos estes medos e inseguranças.

Para viver esta segunda opção é preciso abrir mão dos padrões adquiridos em nossa experiência parental e cultural, solidificados em nossa história de vida, partindo em busca da diferenciação e individualização pessoal, como descreve Richard Barrett no livro Coaching Evolutivo.

Este processo nos permite aprofundar em nossos porquês e resgatar o eu perdido, conectando o ego e a alma de maneira harmônica e existencial. Isso não significa que o medo deixará de existir, mas que você saberá quais são eles e como vencê-los.

Aos poucos, evoluímos mais e mais, e nos tornamos capazes de ir além, de vivermos uma vida de entrega e serviço, onde o todo representa parte do que somos.

Espero que tenham gostado dessa “trilogia”.

Pense nisso.

Jackeline Leal

 

 

 

 

Rafaela Generoso

Empresária, Especialista em RH, Mentora, Palestrante, Treinadora, Coach, Terapeuta, Escritora, Consultora especializada em levar pessoas e empresas a alcançar os seus melhores resultados prosperando cada vez mais

8 a

Isso ai Jackeline! Belo texto. O esforço maior é para sermos quem não somos, se fossemos quem realmente somos seria muito mais fácil. Infelizmente muitos de nós por crenças limitantes entramos em determinados papéis e vamos afastando de nossa essência que é una, perfeita, como foi criada por Deus. Esse afastar que vai gerando as confusões, crises, sofrimentos. O equilíbrio é saúde e o desequilíbrio é a doença.Nossa sociedade vivencia o desequilíbrio, assim projeta para fora o mesmo desequilíbrio, projetando assim a doença, a crise interna gerando a crise externa. AS duas energias contrárias no homem também estão presentes em tudo que vemos no mundo, assim como o dia e a noite, o yin e yang. Toda vez que uma domina a outra, ocorre a doença, que é um desequilíbrio total do corpo. Por isso é importante se ter uma visão global para se ter a cura. Da mesma forma para com a sociedade é importante termos uma visão global. A partir do momento que cada pessoa perceber que a solução para o aparente "problema" está dentro de si, e compreender que cada um de nós possui todos recursos necessários para resolve-los, onde muitas vezes ainda não se conseguiu acessar o recursos, e ele está lá aguardando para ser utilizado, daremos aquele salto quântico rumo a evolução. Cada individuo se dedicando no autoconhecimento por consequência encontrará seu equilíbrio, e de grão em grão, de ser em ser iremos compor uma sociedade mais saudável e assim equilibrada. Namaste Rafaela Generoso/ Karuna Premal

Se torna difícil esta mudança, tendo em vista que temos muitas vezes que negar 'padrões" impostos na nossa formação, como ressalta o texto, somos moldados para ser um tipo " determinado de individuo." Talvez a insatisfação pessoal, o incomodo de ser a pessoa que tornamos faça com que voltemos para nos ,na busca do verdadeiro Eu. abraços

Jackeline Leal

Psicoterapeuta de Mulheres, facilitadora de Grupos e Vivências de Reconexão da Mulher com a sua Natureza Feminina. Criatividade e Fertilidade a partir da perspectiva Cíclica. Mentora de Mulheres que empreendem.

8 a

Apoiadíssimo moacir spinelli!

O autoconhecimento, nos conhecermos, é importantíssimo!

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