A crise dos 20 e pouco anos e a dor do crescimento.
Seguindo em linha reta, ninguém poderia ir muito longe.
Quando li esse livro pela primeira vez, entendi poucas coisas, era muito nova. Agora, aos 26 anos entendo. Eu tinha traçado um caminho para mim, ele era como essa frase, reta. Ao percorre-lo descobrir que nossa trajetória não segue uma linha reta.
No início fiquei com raiva, queria que fosse como havia planejado. Mas, com o tempo descobrir que foram os altos e baixos que a tornaram cheia de significado. Seguir aquilo que acredito, dentro do que tenho habilidade, no que não tenho, aprender a ter. Aprendi que arriscar e errar pode revelar grandes coisas. Percebi que está aberta ao inesperado é um tipo de riqueza. Então! Só vamos viver!
Se eu lhe dou tantos detalhes sobre asteroides, e ainda lhe trago o seu código numero, é somente por causa das pessoas grandes e dos seus costumes.
Quando eu era criança prometi que não iria deixar de brincar, como via os adultos fazendo, sempre tão sérios. Sem saber, nutria meu primeiro princípio, cultivar minha criança interior.
Entretanto, naquele tempo eu não sabia, o quanto crescer e amadurecer dói. Por um período esqueci daquela promessa. Vivia preocupada e ansiosa com coisas grandes e esquecia as coisas essenciais.
Até que aos 25 anos uma chave virou, iniciei uma jornada de desenvolvimento. Me encontrei de novo com aquela menina, que olhava os adultos tão sérios e dizia que não queria ser assim quando crescer.
Ela me perguntou o que aconteceu? Eu respondi, foram as coisas grandes. O sucesso, os sonhos e objetivos. As dificuldades para alcançar e o dinheiro. Agora eu entendo porque as pessoas grandes ficam sérias.
Então a minha criança interior respondeu: Por causa disso, assim como eles, vai permanecer constantemente insatisfeita consigo e com a vida? Nós duas sabíamos que não poderíamos.
Viver com seriedade era uma escolha. Eu não estava disposta a tomar essa direção. Afinal, toda vez que olhava pela minha janela, via muitas cores e brilhos. Permanecer seria, pensando nas forças misteriosas que dificultam o nosso dia a dia, é como apagar as luzes da janela.
As ordens são para que apague a minha luz.
O maior desafio é continuar, a cada novo amanhecer, com seus altos e baixos. Cultivar o essencial invisível aos olhos. (Trecho adaptado do livro: O pequeno príncipe.).
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É no dia a dia do ordinário da vida que os pensamentos nos traem, trazendo a tona sentimentos e emoções que tornam nosso universo obscuro. Por isso, não é difícil ficar sério com as coisas grandes e achar que a felicidade está no futuro.
Com a mensagem do capitalismo sempre reverberando, dizendo para ficarmos sempre no botão espera, eternamente insatisfeitos, olhando apenas os problemas e as dificuldades do momento. Em um eterno lupem, como se felicidade e satisfação fosse algo utópico.
É quando nos confrontamos que a nossa realidade interior vem a tona e precisamos fazer escolhas. Essa caminhada de realinhamento, não é fácil, mas é a mais plena que encontramos. Desse modo, eu te pergunto, como está a sua luz?
Nota de rodapé
Eu poderia fazer uma bela resenha deste livro, falar de todas nuances da história. Mas, a experiência literária que ele me proporcionou é a melhor forma de descrever o impacto que uma leitura pode trazer.
Como foi para você ler O pequeno príncipe?
O que encontrei de legal por aí! Que fez diferença na minha vida e pode inspirar você também.
Até mais!