A crise dos 40 ou a revolução dos 40 anos
Aos 40 anos, a vida parece pedir uma pausa, uma reflexão profunda, um olhar para dentro.
Esta é uma fase decisiva para se deixar cair as máscaras, os papéis e as narrativas que construímos ao longo da vida para responder às expectativas dos outros.
Não é apenas uma crise, é um ponto de viragem, é um renascimento.
Estas perguntas surgem com força e repetição e não aceitam respostas fáceis e rápidas.
É também nesta fase que toda a sua Marca Pessoal se pode transformar ou, pelo menos, parte dela. E não tenha medo disso.
O despertar interior
Na astrologia, a fase dos 40 é marcada pelo retorno de Urano, um planeta associado à revolução e à quebra de velhos padrões. Urano questiona, desafia e exige que sejamos fiéis ao que de facto somos. No retorno deste planeta, a pessoa é levada a confrontar o que está desalinhado na sua vida, o que é apenas uma fachada e o que já não faz mais sentido. Esse é o início de uma jornada profunda de libertação, em que a Marca Pessoal deixa de ser uma ferramenta de ego e status e passa a ser um veículo de expressão autêntica.
Deixar as máscaras para trás
Até aqui, muitos de nós construímos uma imagem com base no que parecia adequado ou interessante. A carreira, os relacionamentos, as escolhas – tudo refletia, de alguma forma, uma tentativa de pertencer ou de cumprir expectativas. Mas aos 40, há um convite – quase uma urgência – para nos despirmos dessas camadas e redescobrirmos quem realmente somos.
A partir daqui, a nossa Marca Pessoal não se deve mais limitar a “o que fazemos” ou “como somos vistos” pelo mundo. Ela passa a ser sobre ser e sobre o impacto que queremos ter, ao serviço de algo maior do que nós. Já não é sobre impressionar, mas inspirar e fazer a diferença. Esse é o verdadeiro sentido da transformação: dar um passo atrás, olhar para dentro e, então, construir algo que tenha alma, propósito e que realmente ressoe com quem somos.
A reavaliação da definição de sucesso e felicidade
Aos 40, muitas vezes olhamos para trás e percebemos que o que um dia pareceu sucesso já não satisfaz e nos diz pouco. Títulos, cargos, prémios, conquistas materiais… tudo isso perde o brilho quando se percebe que a vida é finita e que o sucesso real está em viver uma vida que tenha significado. O despertar traz a perceção de que a felicidade não se encontra em aprovações externas, mas na paz e na coerência interna. Essa é a base de uma nova e verdadeira Marca Pessoal.
Agora, a definição de sucesso é mais sobre o impacto do que sobre as realizações externas. É um bom momento para nos perguntarmos: “O que me move? Qual é o meu propósito neste mundo?” E essa reflexão leva, inevitavelmente, a uma Marca Pessoal que vai muito além das aparências, conectando-se ao serviço, à contribuição e ao impacto social.
A autenticidade como forma de vida
Aos 40, é mais comum do que pensa, sentir-se a necessidade de nos libertarmos das opiniões dos outros. Aprendemos que o que importa não é o que o mundo pensa e diz sobre nós, mas o que sentimos sobre nós mesmos. A autenticidade passa a ser o valor supremo, algo que ninguém pode nos tirar ou fazer duvidar. Essa autenticidade é a base de uma Marca Pessoal sólida, inspiradora e que reflete verdadeiramente a nossa essência.
Ser autêntico é, antes de tudo, ser fiel a si mesmo. Isso significa dizer não quando for necessário, respeitar os nossos limites e fazer escolhas que nos fortaleçam e nos alinhem ao nosso propósito. Uma Marca Pessoal baseada na autenticidade não procura agradar, mas impactar, conectar e inspirar. É uma Marca que toca o outro, porque é verdadeira e, por isso mesmo, necessária ao mundo.
Transformar a crise dos 40 num renascimento real exige coragem e autoconhecimento.
Aqui estão algumas formas para iniciar esta jornada com confiança:
A vida é curta demais para ser vivida sem propósito.
Os 40 podem ser o início de algo verdadeiramente empoderador e transformador. Ser quem você realmente é já não é apenas uma opção, é a sua missão.
Seja quem você veio para ser, viva a sua missão, use a sua voz e deixe a sua Marca no mundo.
O mundo precisa da sua revolução, seja ela aos 40 anos, antes disso ou depois. Mas que seja.
Sou a Vera Medronho, visionária de Marca Pessoal.
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Regional Area Manager | Sales Manager | Gestão Equipas Comerciais | Formação Equipas Comerciais
1 mExtraordinária reflexão!! 👏👏👏
Formanda em Serviços Jurídicos (curso técnico nível 4)
2 mAdorei o artigo!!! Direi que a revolução que possamos fazer a partir dos 40, vai definir a forma como vamos encarar a passagem dos anos e a constatação da nossa infinitude. Posso dizer que em mima essa constatação surgiu estava eu no ensino básico, quando constatei que tinha uma "voz dentro de mim" que mais tarde percebi que era a voz da consciência. Por que motivo passamos uma vida a negar essa voz interior? Por que motivo negamos a nossa intuição e consequentemente negamo-nos a nós próprios? São questões que coloco frequentemente a mim mesma. Obrigada pelas tuas palavras!
Healthcare leader | General Management | Marketing & Sales| Commercial Excellence
2 mVera Medronho Gostei muito do título. Não é uma crise. É uma revolução. Não posso estar mais de acordo, reconhecendo que são conceitos ligados entre si. E tamb´me gostei muito do texto. Só quero fazer um reparo. Autenticidade tem a ver com o nosso eu. Com o que somos. A sugestão de que devemos ir à procura de Inspirar, ou de Impactar, ou der servir,...ou outra "frase feita" qualquer, é exatamente o oposto daquilo que se pretende. Que sejamos nós próprios. Deixemos o politicamente correto! E assim sendo, podemos ser exatamente o que queremos ser, sem sermos o que os outros, incluindo estes "consultores de vida", querem que sejamos.
Elegível para estágio OPP | BSc Politics | MSc Clinical Psychology | Talent Management | Learning & Development | People & Culture | Senior Trainer | Mental Health | Healthy Diet 🌱 🇵🇹 🇬🇧 🇪🇸 🇫🇷 🇮🇹
2 mDirei que para alguns será aos quarenta, para outros aos cinquenta, ou mais, ou menos, dependendo das suas circunstâncias, trajectória e existencialidade, e astrologias à parte; mas este seu texto fez-me pensar em duas coisas: primeiro, a incongruência que é serem indivíduos novatos a recrutar séniores, quando, precisamente pelo que expõe, não terão qualquer capacidade para perspectivar a realidade humana que lhes surge à frente; e, segundo, o facto de haver muito quem já tenha "dado a volta", descoberto que não é aquilo que tem, que alcançou e/ou que aparenta, o que o preenche e realiza, sentindo, contudo, que "não há volta a dar", que não consegue inverter a marcha, e que só lhe resta continuar numa espécie de fuga para a frente, como um ratinho num cano de esgoto. Não sei, mas imagino que assim estejam muitos. Obrigada, Vera! 👌
Diretor de serviços no Grupo Motorpor | Engenheiro | Top Voice Business Strategy | Top Logistics Management
2 mQuem sou eu, o que realmente importa e o que estou a fazer aqui! É o que todos devemos responder e pensar afincadamente!! Definir o nosso propósito de vida é fundamental!! Definir o nosso Ikigai!!