Cuidar nos exige um olhar de principiante

Cuidar nos exige um olhar de principiante

"Preste atenção naquilo que ainda não notou." Mário Sérgio Cortella

A frase acima pode ser instigante quando a interpretamos do lugar do óbvio. Ou seja, podemos questionar: mas se não notei como posso prestar atenção? - é esse o convite que nos chega.

Precisamos de muita presença para não nos habituarmos ao que nos é familiar, costumeiro, Aquilo que julgamos ser conhecido nos escapa. Nos acostumamos com o que vemos e ouvimos cotidianamente e, assim, nos tornamos indiferentes, desatentos e até insensíveis.

As experiências anteriores são fontes de aprendizado mas não devemos tomá-las como garantia ou script. Na relação com um paciente e/ou familiar, em cada momento da verdade, o profissional da sáude é desafiado a desprender-se do que está evidente e se colocar disponível para ver as demais alternativas disponíveis. É preciso interesse genuíno por explorar as possíbilidades que só podem ser vistas por quem se permite a prática do não saber.

Não é incomum o profissional da sáude abster-se do verdadeiro cuidar por estar preso ao descrito na evolução de ontem e ao obviamente previsto para hoje. É exatamente neste momento que escapa o relevante, o imprescindível para uma conduta assertiva.

Só o olhar atento pode ver além do óbvio. O olhar de principiante é próprio dos que se premitem a observação sem julgamento; que se permitem supreender-se, espantar-se, encantar-se. E nessa prática podemos transformar a experiência do cuidado, na qual o profissional e o paciente se veem, se acolhem, se escutam e juntos encontram uma saída.

Vamos juntos por um outro jeito de servir, cuidar e amar.

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