A culpa é de quem?

A culpa é de quem?

É muito curioso quando ouvimos os profissionais se defendendo de problemas e sempre respondendo prontamente que a culpa foi de alguém, mas nunca dele próprio.

Bom, quando os indivíduos de um suposto time não conseguem ficar nenhum probleminha se quer sem apontar o dedo para alguém do seu próprio time, ou principalmente de outros times, como o culpado por tudo de errado que acontece, temos o principal sintoma de falta de senso de time e imaturidade de pessoas, processos e cultura organizacional.

Sou casado a quase 20 anos, e muito bem casado por sinal, mas já tive meus problemas e sendo sincero, sempre terei, porque a vida é assim e problemas e erros acontecem e temos que lidar com eles. No entanto, uma coisa que aprendi junto com a minha querida esposa é que nunca é só um que erra, todos os envolvidos erram e o mesmo acontece nas empresas.

A primeira causa, e talvez a mais importante delas, relacionada a continuarmos errando é não assumir uma falha e não prestar atenção que normalmente a falha que nos afeta é nossa e que nós podemos consertá-la ou solucionar nossos problemas, e não os outros.

Quando você, ou alguém próximo a você, diz depressivamente, tristemente ou até raivosamente que vê um problema no processo, nas ferramentas, nos produtos ou nos relacionamentos e que ninguém os resolve, pergunte a ela: “Porque você mesmo não resolve?”

O ser humano tem uma capacidade ímpar de colocar a culpa nas outras pessoas e coisas, e nunca em si mesmo, mesmo que de forma compartilhada e o engraçado é que esta atitude muitas vezes instintiva nos distancia ainda mais de resolvermos os problemas que estão ao nosso redor.

Bom, eu acredito que quando enxergamos um problema em algo é porque também enxergamos qual é este algo sem o problema, ou seja, a solução. Então nós temos a solução!

Se temos a solução dos problemas que estão a nossa frente, porque não os resolvemos?

Algumas vezes é medo por dizer que tem um problema ou assumir que cometeu um erro. Bom eu costumo afirmar que:

O problema não é ter um problema, é ter um problema e não resolver o problema!

Times ágeis são conhecidos pela auto organização, e esta tal auto organização só se dá pela resolução de seus próprios problemas e pela influência e contribuição da resolução do problema dos outros pela melhoria contínua e adaptação constante.

O maior dos problemas está em nós, não nos processos ou nas ferramentas, quando conseguimos romper a barreira de resolver os nossos problemas, os processos e ferramentas nos ajudam e todas as outras pessoas também.

Se você chegou até aqui nesta leitura, combine uma coisa comigo e consigo mesmo: Nunca aponte o dedo para o problema de alguém, aponte para os seus e os resolva, nunca coloque os erros na conta dos outros, assuma a sua parte e contribua para que estes não ocorram novamente no futuro.

Erros passados já passaram e os do futuro você pode evitar!

Post retirado na íntegra do blog www.fabiocruz.com.br.

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