Curva de Estresse - Yeres-Dobson


Gráfico representativo da lei de Yerkes-Dodson onde no eixo Y temos a performance de uma pessoa na execução de alguma tarefa e no eixo X, o nível de estresse no ponto de visto fisiológico


O estresse impacta diretamente o desempenho do seu time, disso já sabemos. No entanto, o que nem sempre é percebido é que as pessoas precisam de um certo nível de estresse e ansiedade para performar bem.

O ponto crucial a ser observado é que esses níveis precisam ser dosados. A Lei de Yerkes-Dodson defende que a execução de uma tarefa requer inevitavelmente certo grau de ansiedade ou estresse. Existe um ponto ótimo de estresse que nos faz executar bem as tarefas, dependendo do nível de dificuldade. Porém, quando ultrapassamos esse ponto, nossa produtividade e capacidade de concentração diminuem.

Abaixo, três zonas do gráfico que podemos analisar para entender onde cada pessoa de um time pode se enquadrar:

  • Zona de Conforto: O estresse é baixo e o desempenho pode estar aquém do desejável. Quando o trabalho se torna entediante ou não promove desafios, o profissional pode ficar desmotivado.
  • Zona de Desempenho Ótimo: O estresse está em nível moderado e se torna benéfico. É um nível motivador, gerenciável, que melhora o desempenho.
  • Zona de Estresse Excessivo: A resposta, nesse caso, é de fuga, luta ou congelamento. A ansiedade e o estresse ficam incontroláveis, impactando o desempenho. A pessoa perde o foco e se distrai, não alcançando seu máximo potencial.

Líderes que fazem gestão real dos times precisam considerar os níveis de estresse e buscar mecanismos para identificá-los. Algumas práticas que podem auxiliar são:

  • Promover Confiança: Como você promove o senso de pertencimento no ambiente de trabalho? As pessoas são reconhecidas pelo esforço e mérito? A autoconfiança impulsiona o desempenho sob pressão.
  • Não Sobrecarregar: Cada liderado é desafiado de forma diferente. Alguns suportam mais pressão, outros menos. Saiba dosar!
  • Apoio Estruturado: Coloque os profissionais emocionalmente mais estruturados e com maior maturidade em frentes complexas e próximas daqueles "em desenvolvimento". Construir um ambiente de confiança, com apoio real para momentos de incerteza e dúvidas, fará total diferença.


Concluindo com "tom"de reflexão entendo que pessoas individualmente de alta performance sem ter uma jornada de multiplicação dentro do time que faz parte, vai gerar pouco valor corporativamente.

Líderes e Gestores que não souberem, não conseguirem ou não se interessar em dosar os níveis de desafios (estresses) acabaram deixando de controlar variáveis que são fundamentais para gerar motivação e criar um ambiente desafiador. 

Acredito que desenvolver pessoas e promover mentores está diretamente ligada a entregar o desafio aderente ao perfil e momento da pessoa, criar um ambiente colaborativo e de "rede de apoio" e instigar a cada pessoa a acompanhar e medir seus desafios e convidar líderes e gestores para falar sobre.

Mario Figueiredo

Arquiteto de soluções, consultor de segurança, especialista em AI, criação e pré venda de produtos digitais

5 m

Bacana Juliao. É isso mesmo

Brunno Freitas

Gerente de Tecnologia | Executivo de TI | Estratégia em Cloud Computing | Governança e Segurança Corporativa | Transformação Digital | FinOps | Automação e DevOps | Liderança Estratégica | Mentor de Carreira

5 m

Ótima reflexão!

Paulo Sérgio de Souza

Analista de sistemas sênior na Info Sistemas de Informática Ltda

6 m

Ótimo artigo.

Juliana Gomes

Analista de Desenvolvimento de Sistemas na Digitrack - best way to mobility

6 m

Ótimo conselho.

Flávia Couto

Tech Lead |Transformation Lead | Team Lead | Delivery Manager| Product at Zup Innovation

6 m

Excelentes observações.

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