CYBER – RISCOS: ESTAMOS PREPARADOS PARA ENFRENTAR?
Prof. Dr. Antonio Celso Ribeiro Brasiliano
CYBER – RISCOS: ESTAMOS PREPARADOS PARA ENFRENTAR?
NO SÉCULO XXI AS FRONTEIRAS NÃO EXISTEM MAIS ENTRE A SEGURANÇA FÍSICA E LÓGICA, CARACTERIZANDO A CHAMADA QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Muitos esperam que as tecnologias emergentes abasteçam uma nova onda de produtividade e crescimento. O ritmo da inovação está aumentando e a proliferação das tecnologias é inevitável, dando lugar a inovações individuais e rompendo os modelos, processos e produtos comerciais de forma que requeiram rápida adaptação. Um estudo recente sugere que as tecnologias relacionadas à internet, como a internet móvel, a automatização do trabalho de conhecimento, a Internet e a tecnologia de nuvem serão mais disruptivos e gerarão o maior benefício econômico.
A falha em compreender e abordar os riscos relacioandos à tecnologia, primariamente os efeitos sistêmicos em cadeia de cyber-riscos ou do colapso da infra-estrutura da informação crítica, pode possuir consequências de longo alcance para as economias nacionais, os setores econômicos e dos empreendimentos globais. Segundo uma estimativa, os países europeus que não reagirem adequadamente à mudança tecnológica podem perder 600 bilhões de euros ao longo dos próximos 10 anos. Os negócios, os legisladores e a sociedade civil, portanto, precisam encontrar frameworks adequados para abordar riscos de alto nível, associados com a transformação na direção de uma economia mais digitalizada, a chamada Quarta Revolução Industrial.
Nesta Quanta Revolução Industrial temos dois riscos onde os gestores de segurança empresarial devem estar atentos.
Primeiro Risco: Os cyber relacionado, os cyber-ataques e incidentes relacionados entraram no panorama de riscos globais como entre os riscos mais prováveis e os mais potencialmente impactantes ao longo dos últimos dois ou três anos – nos Estados Unidos, os cyber-ataques estão como os mais críticos para fazer negócios. Os casos tem crescido tanto em frequência, como em escala. O ponto importante é a sua conexões entre pessoas e máquinas, a cyber-dependência – considerada pelos especialistas como a terceira maior tendência global, aumentando desta forma as probabilidades de um cyber-ataque com efeitos potenciais em cadeia através do cyber-ecossistema.
Conforme mais organizações migram para a digitalização de seus valores comerciais, mais ambientes conectados dependem mais e mais do aprendizado de máquinas e de tomadas de decisão automatizadas, a cyber resiliência assume uma nova importância. Atenção particular é necessária em duas áreas que até agora estão sub-protegidas: a internet móvel e as conexões de máquina para máquina. Especialistas afirmam ser vital integrar a cyber-gestão e a segurança física ( aí o gestor de segurança empresarial deve estar preparado e qualificado), fotalecer a liderança da resiliência e os processos organizacional e comercial, e potencializar as tecnologias de suporte.
Segundo Risco: A troca de dados entre as partes interessadas. Os dados foram chamados de "petróleo do século 21”, e um framework legal e previsível é necessário para realizar o potencial econômico completo da digitalização. Os casos recentes da reversão política criaram incerteza sobre a situação legal, o que pode dificultar o investimento e a adaptação das tecnologias recentes. Dada a natureza internacional inerente dos fluxos de dados, em áreas como supply chain e governança, precisam ser complementadas por um processo internacional em funcionamento. Entretanto, o regime atual regulatório é careante e frágil, necessitando de subsídios legais mais estruturados, tais como privacidade, criptografia, transparência, propriedade intelectualque cruzam fronteiras, e o impacto dos dados autorais sobre a concorrência. Além disso, a infraestrutura física para a troca de dados, como os cabos submarinos, também podem se tornar um alvo em conflitos internacionais ou terrorismo.
O que podemos concluir é que não está existindo uma diferença, nesta Quarta Revolução Industrial, Cyber Riscos, fronteiras entre a segurança lógica e a física, portanto este é um desafio para o gestor de segurança, pois se não estiver preparado será simplesmente descartado. Estes são os riscos deste século XXI, sem fronteiras e perímetros. Nós teremos que seremos um triplo A: Ativar, Adaptar e Antecipar. Você Consegue? Boa sorte!
Prof. Dr. Antonio Celso Ribeiro Brasiliano é Doutor em Science et Ingénierie de L’Information et de L’Intelligence Stratégique ( Ciência e Engenharia da Informação e Inteligência Estratégica) pela UNIVERSITÉ EAST PARIS - MARNE LA VALLÉE – Paris – França, e Diretor Presidente da Brasiliano & Associados
Regional Security Manager - Brasil & Cone Sul
8 aParabéns professor por mais uma excelente publicação
Corporative Security at Unipar, LATAM, PFSO, Member at OSAC
8 aCom a proximidade das olimpíadas o tema é mais que atual, afinal ainda não estamos preparados para colocar em prática o citado TRIPLO A. A chegada da internet ao nosso país, assim como o que foi acordado na época para tal chegada, nos coloca em um patamar de vulnerabilidade maior que a dos outros países. A falta de educação digital e a falta de uma legislação mais consistente criam fissuras em um sistema que tem por definição a facilidade de domínio por aqueles que o utilizam de maneira a prejudicar pessoas, sistemas e governos.
Security Coordinator | Ascenty Data Centers - A Digital Realty and Brookfield Infrastructure JV
8 aComo de costume, excelente artigo, explana muito bem o que estamos à enfrentar!
Secretário Municipal de Meio Ambiente de Canoas | Sócio na Worton Consultoria | Pós-doutorando em Administração | Doutor em Gestão | Mestre | ESG | Materialidade de Temas ESG
8 aExcelente o teu artigo. Vou compartilhar. Parabéns pela escolha do tema, pois trata-se de assunto pouco explorado com autoridade.