DA ECONOMIA DE ESCALA PARA A ECONOMIA DE ESCOLHAS.

DA ECONOMIA DE ESCALA PARA A ECONOMIA DE ESCOLHAS.

O mundo será diferente daqui a um tiquinho. E talvez tenhamos que mudar, nem que seja por um tempo e estrategicamente nossa maneira de lidar com os negócios e incentivos a eles.

Lembram das frases que ditaram os negócios e as carreiras nos últimos anos como PENSE GRANDE, SEJA UM LÍDER, A NÚMERO UM...?

Pois bem, acho que vamos ter que inverter a ordem da pirâmide. Trocar a matemática. Inverter o conceito. Por frases como PENSE EM TODOS, FORME LÍDERES, A NÚMERO DOIS, TRÊS E QUATRO.

Em vez de uma fábrica que produza 1000 e empregue 100, vamos precisar 10 fábricas que produzam 100 e empreguem 50 cada. Vamos ter os mesmos 1000 de produção, mas teremos 500 empregos que vão gerar renda, alimentar famílias, movimentar cidades, girar melhor e mais justa a roda da vida.

Estou falando em estimular a área de produção e não só a de serviços e tecnologia. O princípio e o meio e não apenas o fim. Comprar SIM do mercadinho menor do bairro e ir no salão de beleza da vizinha SIM. Mas também SIM, começar isso na ponta de cá. Estou falando em mexer com a cadeia produtiva toda, no sentido de aproximar beneficiados. Estou falando de mexer na forma produtiva de um novo mundo. Estou falando de economia de massa, para a massa, mas com a massa.

Quando a economia valoriza produtos do campo regionais, valoriza junto um sem número de agricultores menores, famílias que se sustentam em seus sítios oferecendo produtos até melhores, com menos agrotóxicos porque viajam menos.

Quando se compra uma roupa, um produto de limpeza, um salgadinho, um café ou outro produto industrializado de uma marca regional, movimentam-se fábricas menores que geram empregos para as famílias dos arredores onde estão. E estas marcas movimentam uma engrenagem imensa de outras empresas de força e conhecimento como transportadoras, limpeza, segurança, propaganda, contabilidade, outros fornecedores regionais e por aí vai.

É um círculo próximo e do bem.

Mas e a globalização? O livre mercado? O crescimento?

Gente, tudo isto será retomado. O mundo gira, os mais talentosos e persistentes crescerão, se tornarão mais fortes, ultrapassarão fronteiras.

Além do mais é claro que as grandes empresas precisam e vivem da composição de todos os mercados, de todas as classes.

Elas podem criar unidades de produção menores, valorizar fornecedores locais desde os insumos até os serviços. E não apenas centralizar tudo isso em um belo prédio de uma grande cidade. Distribuir também os talentos e inteligências por todos estes novos polos menores com um pensamento mais.

É preciso que elas entendam e coloquem em suas estratégias agora, não apenas o valorizar as pessoas de todas as raças, classes, as minorias, como têm feito em suas lindas propagandas, mas também para todos. Agora, na pobreza e na crise econômica, todos as minorias devem se unir por uma maioria de pessoas precisando viver e sobreviver.

O que precisamos agora é ter discursos alternativos e complementares, ao bate-bate de uma tecla só no novo mundo digital. Para quem vive de consultoria, empresas digitais, palestras, tecnologia, tá ótimo. O discurso cai como uma luva de conveniência. Até porque um mundo digital pode e deve ser um mundo melhor, mais democrático, mais ágil, mais cômodo, mais eficiente. E pode, deve e consegue até ajudar muito nesta hipótese de transformação.

Ele só não pode ser perverso, destrutivo e enrolativo.

Porque não dá pra ter tanto Vale do Sílicio com tanto nerd. Para comportar mais de 7 bilhões de humanos e deixar as máquinas fazendo o resto. Seria bom, mas acho que não dá.

Precisamos talvez dar um passo atrás para depois dar vários para frente.

Por isso, é apenas uma hipótese, para se pensar é trocar o THINK GLOBAL por alguns singelos PENSE EM TODOS, PENSE JUNTO, PENSE PERTO.



Anderson Lima

Executivo de vendas | Executivo de contas | Representante comercial

4 a

Boa reflexão! Por isso que sou teu fã! ✌🏽

👏👏👏👏👏👏👏

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