Das dez doenças que mais incapacitam o ser humano, cinco estão ligadas à saúde mental
Apesar dessa constatação, o tratamento das doenças mentais ainda é o mais negligenciado, principalmente em termos de financiamento público.
Estudo amplamente divulgado ano passado, na Lancet, já fez o alerta: nos últimos 25 anos, o número de casos de ansiedade e depressão aumentou drasticamente. E a falta de políticas dedicadas à área pode custar US$ 16 trilhões à economia global até 2030. Queda na produtividade no trabalho e custeio de medicamentos e tratamentos são alguns dos gastos que poderiam ser evitados, caso se investisse em prevenção – bem menos do que se gasta para tratar os casos já instalados. Mais: se os problemas fossem adequadamente abordados, seria possível evitar 13,5 milhões de mortes por ano.
Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, cerca de 300 milhões de pessoas em todo o planeta sofrem de depressão e 50 milhões possuem demência. A esquizofrenia acomete 23 milhões, e o distúrbio bipolar, 60 milhões.
Nesse contexto, a existência de uma rede de atenção de qualidade, com equipamentos completos, é fundamental. Do contrário, não é possível fazer nem prevenção e muito menos detecção precoce de situações que podem levar os indivíduos a grave sofrimento.
De olho na importância dessa rede, a Pró-Saúde Mental e a UniSA realizam, nesta quarta e quinta (9 e 10 de outubro), o II Encontro Nacional dos Hospitais Psiquiátricos Filantrópicos, no Campus II da Universidade Santo Amaro (SP). O foco do evento estará em três pilares: Inovação, Sustentabilidade e Qualidade da Assistência.
Estão por lá mais de 40 participantes de todo o país, incluindo equipe do João Marchesi, de Penápolis. A participação é gratuita e as vagas limitadas. A exemplo do que ocorreu em 2018 no I Encontro, espera-se o fortalecimento dos hospitais pela união, esclarecimentos sobre políticas e contextos e, principalmente o aprendizado de ferramentas práticas que melhorem o dia-a-dia das pessoas que convivem com a dura realidade dos transtornos mentais.
Fica a dica.