Das organizações e da sobrevivência da humanidade
2021 - A destruição do planeta está a todo vapor, as mudanças climáticas indicam que as condições de sobrevivência na Terra ficarão cada vez mais difíceis. Para ser direto: a raça humana pode deixar de existir por conta da ganância e falta de respeito com o planeta.
Só a empatia pode salvar a humanidade. Mas se não aprendemos até agora, será que aprenderemos a ser empáticos estando à beira do abismo, à beira da extinção, quando os instintos mais selvagens e primitivos de sobrevivência se manifestam?
Por que estou postando isso aqui no LinkedIn? Porque as organizações, de todos os portes e áreas de atuação, estão inseridas nesse mundo em frangalhos, cuja gravidade dos danos fazemos questão de não encarar.
Precisamos colocar no centro do palco os debates sobre as cinco etapas do nosso modelo de ritual de consumo: busca, compra, posse, uso, descarte ou ressignificação. Merece atenção especial o descarte e os “RES”: reuso, reciclagem ou ressignificação, sendo este último a atribuição de outra funcionalidade a um produto velho.
As empresas têm o dever de se preocupar muito mais com a forma como consumidores descartam os produtos vendidos por ela. Afinal, elas são responsáveis pelo material produzido e colocado em circulação no planeta.
Muito mais que negócios, as organizações precisam discutir seriamente o futuro do mundo. E essa discussão não pode ser feita a portas fechadas, sob o frescor do ares-condicionados. É fundamental envolver todos os níveis hierárquicos dos negócios e, especialmente, a sociedade.
Comunicação transparente e diálogo sincero são elementos imprescindíveis para empresas sérias e que conhecem suas responsabilidades com a Terra, com os seres vivos, com a sobrevivência da humanidade.
Legenda das fotos: Rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) - janeiro de 2019. Crédito: Wagner Ribeiro