De Byte a Yottabyte em muito pouco tempo...

Por Wilson Grava, VP & GM LATAM da Pure Storage

Publicado pela Convergência Digital em 15/08/2016

Cada vez mais a capacidade de gerar dados qualificados e informações estratégicas são pontos fundamentais para conseguir se destacar frente à concorrência. Com tanta tecnologia disponível, o aumento dos dados gerados por máquinas, fez com que uma ampla gama de setores, da saúde à previsão meteorológica, passasse a usar sistemas analíticos e de big data.

Dados da IDC mostram que a receita mundial de big data e analytics irá ultrapassar o valor de US$ 187 bilhões em 2019 - bem acima dos US$ 122 bilhões registrados em 2015. Essa alta na demanda exigiu uma reinvenção na forma como os conjuntos de dados são processados, particularmente com o surgimento da computação de alto desempenho (HPC) e técnicas de processamento paralelo aplicadas a Business Intelligence (BI) e análises.

Aqui está um problema do big data – ou megadados: os benefícios são potencialmente enormes, mas exigem um grande investimento inicial para encontrar primeiro as perguntas e depois as respostas nos conjuntos de dados. Os riscos do big data vão desde o uso inadequado, violações e perda de dados até a preocupação do usuário final com a privacidade e segurança desses dados. 

É um grande dilema discutir sobre privacidade em um momento no qual é cada vez mais comum as empresas garimparem informações, assim como da sociedade de oferecê-las. Porém, não deixa de ser como se câmeras fossem instaladas dentro da nossa casa nos vigiando 24h por dia. O grande ponto do big data é processar grandes volumes de informação e tirar conclusões que não seriam possíveis em baixa escala. Este conceito pode ser usado com qualquer informação, desde identificar fraudes em operações financeiras, até notar riscos de atentados à segurança com base em comportamentos. 

Outro risco, considerado secundário, é que um projeto de big data, se não for bem orçado, bem conduzido e controlado de modo eficiente, pode se tornar um poço de dinheiro sem fim. É preciso estabelecer os benefícios tangíveis que exigem sistemas eficientes para controle dessas informações. Porém, nem tudo está perdido. 

Em qualquer projeto de big data, os riscos são reduzidos quando se tem um plano de investimento/financiamento suficientemente realista para fornecer a infraestrutura adequada a uma equipe com as habilidades necessárias. O segundo componente importante é a lista de critérios de sucesso, que basicamente devem proporcionar os benefícios tangíveis.

Percebemos que a atual opinião pública sobre grandes projetos de TI governamentais é de que eles levam tempo demais e deixam de alcançar os objetivos iniciais. O consentimento público precisa fazer parte de uma campanha de conscientização, bem como dos relatórios regulares do progresso e até mesmo do acesso compartilhado, aos benefícios que existe entre dar e receber informações.

Dada à direção do crescimento, o desafio em curto, médio e longo prazos para empresas STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) é de definir claramente com antecedência a forma de coletar esses dados e como serão utilizados. Uma boa solução é de que as habilidades e técnicas necessárias para esse cenário comecem a fazer parte da educação no ensino médio e superior, sendo desenvolvidas por meio de estágios. 

De modo geral, o investimento em centros de pesquisas e desenvolvimento talvez sejam menos atraentes em curto prazo, mas o investimento pode ser melhor aplicado, financiando a entrega por meio das partes interessadas (universidades, empresas privadas, colaboração coletiva etc.) para capacitar tecnicamente as pessoas e prepará-los para um futuro à base de aumento natural do volume de dados: Byte, Kilobyte, Megabyte, Gigabyte, Terabyte, Petabyte, Exabyte, Zettabyte e Yottabyte.

Com milhares de dados digitais gerados, surge a dúvida: como a tecnologia de armazenamento irá suportar tamanho crescimento do big data e ainda proporcionar acesso rápido às informações para obter novas ideias vislumbrando maior eficiência do negócio? É neste cenário que as empresas vêm apostando no armazenamento em Flash, pois as transações analíticas trabalharão de forma mais rápida, permitindo às empresas processarem grandes volumes de dados para tomar decisões.

É notável que essa era dos dados e da informação nos trouxe um novo mundo com evoluções em pesquisas, ampliação de horizontes e simulações para o futuro. Como toda a tecnologia em si, dados podem ser usados a favor da sociedade ou contra ela. Basta saber gerenciá-los!

Wilson Grava é vice-presidente e general manager para América Latina da Pure Storage


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