DE OUTRO ÂNGULO

DE OUTRO ÂNGULO

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DE OUTRO ÂNGULO


Precisamos olhar de outro ângulo.

De uma perspectiva melhor, ver de outra forma.

Sem um julgamento precoce.

Parar um momento para refletir.

Observar a chuva encharcando a terra.

É o que podemos ver, e outras coisas imaginar.

A água da chuva penetrando no solo.

Até tocar a semente, e ela começar a brotar.

Aquela que estava esquecida ali.

Começa a romper, abrir um caminho em busca da luz do sol.

E aquela sementinha começa a crescer.

E seus galhos vão surgindo, seu tronco engrossa.

Em algum tempo se torna uma árvore impetuosa.

Abrigo de animais, de pássaros, um lugar de refúgio.

Para os viajantes, uma sombra para descansar.

Para as aves o lugar perfeito para o seu ninho.

Iniciar uma nova família de passarinhos.

O engenheiro da floresta constrói sua casa.

O verdadeiro espetáculo da natureza.

Na primavera quando as flores brotam.

Abelhas e beija-flores aparecem atrás do pólen.

Suas raízes e seu tronco se torna um lugar de meditação.

O poeta se deita, se encosta em busca da inspiração.

Uma geração de pessoas vão e outras vem.

E aquela sementinha se pudesse contaria suas histórias.

Pois ali ela permanece por muito tempo.

Olhar para o mundo de um outro ângulo.

Existe muito o que apreciar, se encantar.

Quando nossos olhos se torna observadores.

Tudo diante de nós tem outros significados.

Uma experiência diferente uma busca pelo encanto.

A magia de um contágio intenso com a natureza.

Sentar-se com os pés na água sentir a correnteza.

As beliscadas dos pequenos peixes curiosos.

Querendo te expulsar do seu habitat.

Já observou quando a relva está molhada.

O orvalho da noite que se desfaz.

Quando os primeiros raios do sol o aquece.

O seu brilho se torna intenso.

O barulho das aves como que agradecendo por mais um dia.

Existe muito o que ver e observar.

É um mundo maravilhoso de uma certa forma.

A silhueta das montanhas, as formas das nuvens.

O carinho dos animais de estimação.

O entardecer quando sol sai de cena.

Começa a escurecer e a lua junto com as estrelas.

Tem o prazer de iluminar a terra.

Com isso podemos meditar e agradecer.

A gratidão é uma nobreza do homem e da mulher.

Partindo de nós humanos, seria a nossa essência.

Olhar de outra forma, de outra perspectiva.

Procurar a luz no meio da escuridão.

É buscar algo bom no mau-caráter.

Isso é como cuidar da semente que plantou.

É como dar uma chance, uma oportunidade.

Como uma mãe ama seu filho que se perdeu.

Mas aquela mãe jamais perdeu a esperança.

De um dia poder abraçá-lo, livre das drogas e do crime.

Aos olhares da maioria, não existe retorno.

No entanto, existe alguém que não desiste.

Que não perde a esperança e não se entrega.

Da mesma forma quando o gavião aparece.

O pássaro menor o enfrenta para defender seus filhotes.

O quero-quero, a andorinha não desiste.

E o tucano quando surge destrói o sonho dos menores.

Não é diferente das pessoas.

Quando o ladrão rouba seu sustento.

Suas conquistas, seus sonhos.

São duas visões diferentes.

De um lado temos a natureza na sua essência.

Por causa da cadeia alimentar.

Parece triste quando olhamos, injusto.

Mas é dessa forma que sobrevivem.

Mas entre humanos, não existe essa cadeia.

O tempo dos gigantes se foi há tempo.

Isso faz com que todos os humanos sejam iguais.

Embora muitos não aceitem.

Mas nenhum nós vive além do seu tempo.

Nenhum de nós habitou o profundo dos mares.

Ou viveu além das nuvens do firmamento.

Temos as nossas limitações que se estende a todos.

Deveria existir uma harmonia.

Existe, porém ela é ignorada.

Quando a semente é plantada.

O semeador fará de tudo para que ela germine e de fruto.

Mesmo a que caiu a beira do caminho.

Ou aqueles que caiu nas pedras.

Pode ter certeza que o semeador vai chorar.

Por causa das semente que não germinou.

Ou aquelas que até germinou e cresceu, mas não frutificou.

A ingratidão e um dos fatores.

A compreensão deve estar em nós.

Existem árvores que dão fruto.

No entanto, outras somente sombra e abrigo.

Existem pessoas possuídas pelo mal.

Mas dentro dela ainda tem algo bom.

Como uma árvore que está com seus galhos secos.

Ou a plantinha que parece sem vida.

Olhando com outra visão, veremos que precisa de cuidados.

Tirar as folhas secas, os galhos apodrecidos.

Adubar, colocar terra, regar.

Em outras palavras, amor, carinho e atenção.

Plantinha sem vida vai sentir no seu caule a seiva.

E logo as folhas ficarão mais verde.

É como alguém que para refletir nas suas obras.

Nos seus atos, até criminoso.

Lembra da sua mãe chorando.

Implorando por seu retorno a casa.

Os conselhos, não se envolva com isso.

Não use essas coisas, volte ao seu lar.

O remorso começa correr em suas veias.

O desejo de abandonar aquela vida.

A saudade dos pais, o arrependimento fala mais alto.

E naquele momento resolve mudar de vida.

Abandonar o pecado, o crime.

E volta a viver como antes.

Ou seja, a vida volta aquela pessoa.

Como a planta seca no jardim.

Que o jardineiro cuidou, acreditou.

Sentiu que mesmo seca a seiva ainda existia.

Finalizo assim, enquanto existir vida.

A esperança não pode morrer.

Enquanto respira os aparelhos não podem ser desligado.

Enquanto os Céus não decretar.

Não será o fim.

(Claudio Alves de Oliveira)

De outro ângulo

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