Demandas por produtos na educação superior
Uma das vertentes que muito me desperta atenção é o processo de lançamento de produtos educacionais, principalmente para a graduação e pós-graduação. Identifica-se um mercado amplo e com muitas possibilidades afinal o Brasil possui diversas realidades regionais e com muitas diferenças além de uma carência ampla em muitas áreas complementares a graduação e cursos de especialização. Observa-se que quanto mais distante o mercado dos grandes centros a carência por determinados cursos é maior, o que tecnicamente caberia aos grandes grupos uma melhor pesquisa sobre segmentos e nichos de cursos. Pois, quando a IES lança um curso regulamentado pelo MEC, por melhor que seja, é limitado pelo tempo de conclusão e abre uma janela de oportunidades para cursos de extensão ou até mesmo especializações que o reforcem de forma mais intensa, permitindo a geração de novas fontes de receitas para as empresas educacionais. Descrevendo assim para ser extremamente simples, porém trata-se de negócios e mercados, em outras palavras, as empresas educacionais necessitam de mais informações e menos intuições, em função da própria maturidade do mercado, não que a intuição não valha, mas intuição com informação de valor certamente minimiza o risco de mercado. É extremamente necessário se identificar o tamanho mercado e sua qualificação financeira para a proposta do projeto de novos cursos. Pensar no futuro não é apenas pensar somente no curso em si, mas desenhar um projeto mais completo possível, com a inclusão de seus aspectos não contemplados no PPC. A figura do coordenador acadêmico limitado a sala de aula para as IES é incompleta para os dias atuais, mas do que nunca se precisa de pessoas com forte conhecimento acadêmico do que coordena e de ampla visão de mercado, conhecimento esse que geralmente está à disposição na composição do corpo docente. Sendo assim, a robustez de um novo curso deve beneficiar amplamente docentes, discentes, mercado e IES.