Demitam os Bajuladores! Líderes competentes não precisam. Alcançam as metas.
Por Humberto Moura
A maioria das pessoas, que tenham um mínimo de experiência no trabalho, certamente já passou por problemas com bajuladores. Em empresas maiores, ao sermos contratados, somos convidados a conhecer o planejamento estratégico da empresa (de longo prazo). Geralmente, implementado através de um Balanced Scorecard - BSC. Lá estão descritos os objetivos, metas, indicadores, missão, visão e valores. Estes artefatos, no geral, nos sugerem a acreditar que àquela empresa possui um consistente sistema de monitoramento e controle de gestão.
De fato, é muito interessante que líderes possuam bons indicadores, objetivos e metas para alcançar. Para isto, em geral, as empresas dividem o seu mapa estratégico nas 4 perspectivas padrão, que são: "financeira", "processos internos", "clientes" e "aprendizado e crescimento".
Aqui vai uma pergunta "difícil": destas 4, qual delas é realmente valorizada pela maioria das empresas? Complementando: entre um conflito de metas de uma perspectiva e outra, qual é a perspectiva que tem maior prioridade?
Acertou quem responde financeira. Tudo bem que os autores Kaplan e Norton argumentam que o BSC surgiu para ter um equilíbrio de perspectivas e não ter só a visão financeira...
Mas, Você ainda tem dúvidas? Consulte os indicadores de sua empresa. Aposto que encontrarás indicadores financeiros (faturamento) sendo medidos mensalmente, ou em menor periodicidade. Já àqueles de relativos à satisfação dos colaboradores, às vezes, são mensurados anualmente, através de instrumentos como pesquisa de clima, não é mesmo?
Não vamos colocar meta. Vamos deixar a meta aberta mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta.
Já sabemos que, geralmente, os objetivos financeiros são os mais valorizadas institucionalmente. Seguimos: uma pergunta interessante poderia ser:
O que acontece se os gestores perceberem que não estão conseguindo atingir as metas?
Para resolver este problema, soube de gestores que mudavam a fórmula de cálculo dos indicadores, para seu benefício. Um exemplo típico foi a alteração realizada no indicador de nível de desemprego no Brasil.
Também soube, casos onde se alterou o período de apuração dos indicadores, para poder maquiá-los.
Um destes, foi o de uma empresa, de cosméticos, que não estava atingindo os indicadores de satisfação dos colaboradores. A pesquisa era aplicada sempre em dezembro. Um belo ano, a empresa resolveu mudar o período de aplicação para março, após fazer a "limpa" anual de demissões, antes do dissídio, de empregados que não estavam "alinhados" com seus gestores. Só com este "plano de ação", conseguiram aumentar em 20% a satisfação dos colaboradores. Eu acho que era só para enfeitar, a palavra "ética" encontrada, em um dos quadrinhos de "missão, visão e valores", na sala de recepção.
Se as metas são S.M.A.R.T e os gestores forem bons líderes, eles alcançarão bons resultados. E se não chegarem, conseguirão de fato, apurar as reais causas e trazer um desempenho superior à média do mercado para suas empresas. Se entretanto, não possuírem competência gerencial desenvolvida, precisam encontrar outra forma de sobreviverem corporativamente. Uma forma, é fazer uso de bajuladores. Ou "puxa-sacos", como preferirem.
Um fato importante a citar é o seguinte:
Em uma empresa que prospera a cultura do "puxa-saquismo", os resultados tendem a diminuir cada vez mais, ao longo do tempo.
Independente se os resultados estão maquiados ou não. Diminui, igualmente! Isto acontece, porque os melhores profissionais perdem a motivação quando não há meritocracia, e acabam procurando outros empregos. Uma parte considerável dos pedidos de demissões, é o funcionário que está se demitindo do chefe incompetente, e não da empresa, necessariamente.
Os bajuladores são servos, cujas principais características são os seguintes:
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Elogiam, sem motivos;
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Fomentam rumores e produzem intrigas;
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Servem de informantes;
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Defendem seus chefes indiscriminadamente;
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Sempre buscam privilégios e benefícios;
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Manipulam e são manipulados.