Democratização de Dados, como viabilizar?
Governança de Dados, entregando o conhecimento sobre os dados.

Democratização de Dados, como viabilizar?

Dados, uma palavrinha de poucas letras com uma potencialização exponencial. O mundo gira em torno dos dados, e, para a assertividade e real poderio da usabilidade dos dados, temos uma imensidão de práticas, metodologias, mecânicas, modelagens, tecnologias e armazenamentos para assim obter o combustível das estratégias que tracionam o mundo atual, a informação. Os desafios são cada dia mais complexos e dinâmicos, todos os segmentos imergiram ao negócio, evoluindo das mais variadas maneiras, inovando, reformulando, transformando e adaptando-se ao novo e buscando ser popular, de forma que, a velocidade de disponibilização das informações e suas tomadas de decisão passaram a ser uma premissa de valor e credibilidade. 

Dentro desse cenário, onde os dados alavancam as estratégias, entregam valor e otimizam resultados, as empresas estão agregando e implementando soluções com forte ênfase nos conceitos Ágil e implementando esteiras de entregas continuas, tendo em seus processos, períodos menores, entregas granulares e integrações fundamentais para a orquestração do que são ativos e valor. Dessa forma, onde os dados passaram a compor o norteamento das iniciativas, um pilar da equação para a saúde e maturidade dos dados foi cada vez mais procurado, a Governança de Dados.

Metodologia Ágil

Dentro das aplicabilidades da Governança de Dados e seguindo o guia base DAMA PMBOK@, as organizações passaram a investir nas recomendações e boas práticas do manual em seus processos de disponibilização, transformação, enriquecimento e consumo dos dados.

No decorrer dos últimos anos, quando surgiram de forma consolidadas, o Big Data, Ciência de Dados e Inteligência Artificial, a Governança de Dados foi de certa forma "maquiada" para assim suportar a adequação aos novos conceitos.

A confiabilidade da Governança de Dados e sua eficiência gerencial foi ofuscada por resultados rápidos e indicadores diferenciados que aparentavam boa maturidade nas organizações, provenientes desses novos conceitos. 

Essa fase de "Inovação" das organizações teve uma abrupta mudança, quando, algumas empresas tiveram publicados grandes vazamentos de informações de seus clientes, inclusive, um forte escândalo envolvendo uma das plataformas, até então, altamente confiável e comum, que, em meados de 2018 teve mais de 50 milhões de registros vazados, conflitando com suas políticas de segurança e fragilizando milhões de usuários. Esses eventos, deram início a onda de adaptação às leis GPDR e LGPD. Essas leis, definem diversos mecanismos obrigatórios para a segurança com dados sensíveis e pessoais, nas interações entre organizações e seus clientes.

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Após esses fatos, iniciou-se uma alta movimentação e desmistificação dos artigos que eram obrigatórios para a implementação dos cuidados sobre os dados. As organizações passaram a disparar diversas iniciativas, estudos e estratégias para embutir em seu acervo de entregáveis, suas metodologias de governança de dados, visando garantir o gerenciamento do ciclo de vida e maturidade de seus ativos. As áreas antes "empoeiradas" da Governança de dados, passaram a ganhar certo destaque e visibilidade, tornando-se impulsores ou até mesmo auditores, dos mais variados projetos e iniciativas de dados. 

Dentro desse universo de transformação, que está impactando em todos os modelos de negócio, em empresas pequenas, médias, grandes e multinacionais, o movimento para a Governança de Dados, ainda não se mostra como algo organizacional, respectivo aos fundamentos do DAMA PMBOK@, onde os conceitos para gerir os dados tendem a ser culturais e não somente processuais. Por conta de ser algo muito estrutural, muitas empresas aplicam partes dos processos, ou mesmo somente partes do que é necessário para evitar multas por conta das leis.

A Governança de Dados oferece práticas para gerencia e implementação de catálogo de metadados, dicionário de dados, expurgo de dados, abordagens para mapeamento de ativos, documentações, políticas de acessibilidade, consumo e disponibilização dos dados. 

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Nos últimos anos tenho acompanhado muitos projetos e diferentes estratégias, que em comum, passam por planejamentos e estruturação de arquiteturas para armazenamentos e consumo de dados.

Essas variadas arquiteturas junto às suas soluções, entregam velocidade, acessibilidade, alta disponibilidade e também um conceito que está sendo muito tracionado, a Democratização de Dados.

A Democratização de Dados, consiste em disponibilizar de forma governada e gerida todas as informações de navegação organizacional, compondo uma base confiável e segura, de fontes e ativos para consumos, evitando os temidos Silos de Dados e definindo as propriedades de forma adequada e aderente as conformidades de negócio. Resultando em uma maior sinergia entre as áreas e líderes.

A nova onda organizacional, Democratização dos Dados

Em relação ao gerenciamento de metadados, muitos investem e buscam ferramentas ou tecnologias para gerir e integrar seus objetos, onde o conhecimento do dado não demonstra uma linha organizacional ou mesmo de negócio, se mostra em catálogos de modelos dimensionais vazios, sem regras e sem informações fundamentando suas origens, sendo impossível traçar um grau de maturidade ou mesmo um ciclo de vida adequado ao modelo de negócio da empresa.

Como fazer para equalizar e suportar todas essas responsabilidades sobre os dados e tomadas de decisão assertivas?

Para uma estruturação tão profunda e cultural, iremos ter em tópicos macro:

  1. Orquestração das pessoas;
  2. Ações necessárias para que os dados estejam aptos às necessidades estratégicas; 
  3. Definição de padrões e políticas;
  4. Acessos e permissões;
  5. Controle de segurança;
  6. Padronização dos processos de Ingestão e mapeamento de metadados;
  7. Controle e gerenciamento da navegação do dado, linhagens e consumos;
  8. Práticas para gerenciamento de ambientes de consumo, como, Sandbox, Labs e Silos específicos;
  9. Esteiras padronizada para a "subida" de quaisquer formato de dados para produção;

Visto isso, o caminho é, a capacitação e o conhecimento da Governança de Dados e como aplicá-la.

Temos pela frente tantos desafios e estratégias de dados, como, DevOps, DataOps, Transformação Digital, Data Lakes, Sandbox, Fast Data, Soluções Híbridas, Automação, consumos de IoT e IA. Vislumbrando o ideal dentro de tantas possibilidades e com suporte de tantas tecnologias para viabilização, devemos todos, direta ou indiretamente, buscar conhecer e evidenciar esses GAPS, pois realmente a Governança de Dados também está evoluindo, ela é viva, sempre se adequando e direcionando como devemos pensar nossos planejamentos de dados e seus consumos.

Muito Obrigado pela atenção!!!

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