Dependência Afetiva, porque insistimos em sofrer?

Incomodar-se com as diferenças fala mais a nosso respeito do que a história do outro,

Nossa vida é repleta de oportunidades, histórias, curvas e novas chances de evoluirmos. Desde nossa infância nós temos a chance de convivermos com pessoas das mais diferentes características: altas, baixas, magras, cheinhas, loiras, morenas, agitadas, tranquilas e até mesmo com alguma deficiência física ou intelectual. A mágica da vida acontece neste encontro, dois mundos tão diferentes capazes de se completar e crescer juntos. Mas nem sempre enxergamos a diferença como oportunidade e eis que os conflitos surgem.

Seja nas relações interpessoais, profissionais ou afetivas, lidar com as diferenças virou um verdadeiro desafio. Algumas pessoas são mais aceleradas do que outras, algumas conseguem ser mais proativas do que outras e a grande maioria delas possui um ritmo particular para desempenhar tarefas específicas, mas isso quer dizer que o nosso jeito de fazer as coisas está certo, é o mais adequado ou a melhor opção, o nosso modo é apenas o nosso modo, uma fórmula que funciona para nós.

Imagine se todos os dedos de nossas mãos fossem iguais, mas suas formas e tamanhos tem uma razão de ser e existir, que bom não é? Assim são as pessoas, quando as diferenças e estilos são percebidos como novas oportunidades de enxergar o mundo a vida fica mais leva e colorida, afinal de contas deixaremos o julgamento de lado e passaremos a enxergar pela ótica da compaixão e generosidade.

Nos relacionamentos afetivos as vezes as garotas levam mais tempo para elaborar alguns sentimentos mais intensos, assim como alguns homens tem dificuldade em perceber pequenas mudanças que as mulheres se submetem ao longo da vida, seja por sua falta de atenção, despreocupação ou mesmo falta de interesse. Mas entenda, isso não quer dizer que esse casal não vai dar certo, isso apenas significa que eles são diferentes e se conseguirem perceber esses pontos como verdadeiras oportunidades de se completarem, eles encontrarão a mágica de um relacionamento pleno e pacífico.

O universo profissional não é diferente, percebo gestores repletos de conteúdo, estratégia e experiência, mas vazios no quesito compreensão das diferenças. Já presenciei alguns chefes achando que seus colaboradores eram lentos demais e por isso eles não serviam para função. O caso mais comum é ouvir “não sei porque eles não conseguem fazer do jeito que eu pedi, o meu jeito é muito melhor”. Esse pensamento é muito comum e traz diversos prejuízos a relação, porque o gestor se coloca em uma posição de inatingível expectativa, permitindo com que seus liderados nunca alcancem seu alto nível de desempenho.

Incomodar-se com as diferenças fala mais a nosso respeito do que a história do outro, o exercício que devemos praticar é: porque estou tão incomodado com essa diferença? Porque não consigo aceitar isso de coração aberto e mente tranquila? O que posso fazer para me adaptar a essa realidade que se apresenta?

Conviver com diferenças é de fato um privilégio, pois temos a oportunidade de evoluirmos, aprender coisas novas, conhecer um novo jeito de fazer as coisas que sempre fazíamos e acredite, é enriquecedor.

Experimente, vai valer a pena.

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