Desaceleração da Inflação nos EUA e Novos Movimentos da Apple no Mercado
Foto: Reuters

Desaceleração da Inflação nos EUA e Novos Movimentos da Apple no Mercado

A Apple (AAPL) fez um movimento estratégico para resolver as preocupações antitruste da União Europeia (UE) sobre seu sistema de pagamentos móveis tap-and-go. Segundo a Reuters, a empresa ofereceu acesso aos concorrentes a essa tecnologia, usada em carteiras móveis, uma jogada que pode evitar uma multa pesada.

No ano passado, a UE acusou a Apple de restringir o acesso dos rivais à sua tecnologia Near-Field Communication (NFC), vital para o funcionamento de serviços de carteira móvel em dispositivos Apple. Essa limitação teria beneficiado o Apple Pay, reforçando o domínio da empresa tanto no mercado de dispositivos móveis inteligentes quanto no de carteiras móveis.

A UE destacou o poder de mercado significativo da Apple neste segmento, o que pode ter impactos consideráveis na concorrência e na inovação. A abertura do sistema NFC para rivais pode ser vista como um esforço da Apple para aliviar essas preocupações regulatórias e manter sua posição no mercado sem enfrentar sanções.

Se aceita, esta concessão poderia transformar o mercado de pagamentos móveis, permitindo que outras empresas desenvolvam e ofereçam serviços de carteira móvel em iPhones e iPads. Isso não só aumentaria a competição no setor, mas também ofereceria mais opções aos consumidores que usam dispositivos Apple.

Proposta de Aquisição da Macy’s por US$ 5,8 Bilhões

Imagem: NYC Tourism | Reprodução

Um grupo de investidores fez uma oferta audaciosa de US$ 5,8 bilhões para adquirir a Macy's, uma das maiores e mais icônicas redes de lojas de departamentos dos EUA. A proposta, que visa fechar o capital da empresa, surge em um momento desafiador para a Macy's, que enfrenta mudanças significativas no comportamento dos consumidores e uma intensa competição de rivais online.

Desde o pico de suas ações em 2015, a Macy's viu seu valor de mercado cair drasticamente em 75%, de US$ 75 por ação. Esse declínio foi acompanhado pelo fechamento de cerca de 300 lojas e uma perda de US$ 3 bilhões em vendas anuais. Fundada em 1840, a Macy's não só detém um lugar de destaque na história do varejo americano, como também continua sendo a maior cadeia de lojas de departamento do país.

A aquisição proposta gera preocupações no mercado, especialmente em relação ao potencial foco em lucros de curto prazo que poderia comprometer a integridade e a tradição da Macy's. Essas apreensões são alimentadas por casos anteriores de grandes varejistas, como Toys R Us e Sears, que enfrentaram dificuldades significativas, culminando em recuperação judicial.

No último ano, a Macy's registrou um lucro de US$ 1,2 bilhão e receitas de US$ 24 bilhões. Contudo, as projeções para o próximo ciclo fiscal apontam para uma queda, com receitas estimadas em torno de US$ 23 bilhões. Esta oferta de aquisição pode representar um ponto de virada para a Macy's, mas também levanta questões críticas sobre o futuro do varejo tradicional em uma era cada vez mais dominada pelo comércio eletrônico.

Recuperação do Turismo Brasileiro

Imagem: CNM | Reprodução

Após enfrentar uma crise sem precedentes durante a pandemia, o setor de turismo no Brasil está vivenciando um renascimento notável. Com o reaquecimento dos motores da indústria, o país testemunha um retorno expressivo de visitantes internacionais e um aumento substancial nos gastos dos turistas.

Até agosto, turistas estrangeiros gastaram US$ 4,4 bilhões no Brasil, um aumento de 7,5% em comparação a 2019 e quase 40% a mais que no mesmo período de 2022. Esses números refletem um crescente interesse internacional pelo país, ultrapassando até mesmo os níveis pré-pandemia.

Os argentinos lideram o ranking de visitantes, seguidos por americanos, paraguaios, chilenos e uruguaios. A proximidade geográfica e o custo elevado de viagens para fora da América do Sul tornam o Brasil um destino atraente. Adicionalmente, o câmbio favorável para quem ganha em dólar amplia o apelo do país como destino turístico.

As projeções para o turismo brasileiro são extremamente positivas. Espera-se que o setor fature R$ 155 bilhões e crie mais de 85 mil vagas de emprego até fevereiro, representando o maior volume de movimentação financeira já registrado pelo turismo no país.

Essa recuperação é ainda mais significativa considerando que o turismo no Brasil encolheu 37% ano a ano durante a pandemia e perdeu cerca de 470 mil empregos. Agora, com 3,4 milhões de trabalhadores formais, o setor mostra sinais de uma retomada robusta e promissora.

Aumento Dramático da População de Rua no Brasil

Imagem: Rubens Cavallari | Reprodução

A realidade das ruas brasileiras revela uma tendência alarmante: o número de pessoas vivendo nas ruas disparou para quase 230 mil. Este aumento impressionante de 935% desde 2013, quando havia cerca de 22 mil sem-teto, evidencia um crescimento de dez vezes em uma década. Mas, esses números podem ser ainda maiores.

Os dados atuais são baseados nas pessoas cadastradas no CadÚnico, um sistema para benefícios sociais. Contudo, aqueles que nunca se cadastraram não estão contabilizados, sugerindo que a realidade pode ser ainda mais grave. As principais causas deste aumento incluem a insegurança alimentar e a fome exacerbadas pela pandemia, seguidas por exclusão econômica, questões de saúde e rupturas de laços familiares. Entre as razões mais citadas por quem vive nas ruas estão problemas familiares, desemprego, alcoolismo e abuso de drogas.

Diante dessa situação crítica, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que estados e municípios implementem ações concretas para melhorar as condições de vida da população em situação de rua. Recentemente, o governo anunciou um repasse de quase R$ 1 bilhão para serviços de saúde, assistência social e alimentação destinados a estas pessoas. Esta medida é um passo importante, mas ainda é necessário um esforço contínuo e abrangente para enfrentar as raízes profundas e as consequências deste desafio social.

Inflação nos EUA caiu para 3,1% ao ano em novembro

Foto: Money Times

Os Estados Unidos testemunharam uma desaceleração notável na inflação em novembro, conforme indicado pelo índice de preços ao consumidor (IPC), um parâmetro essencial monitorado por economistas. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho, o IPC registrou um aumento modesto de 0,1% no último mês e uma alta de 3,1% em relação a 2022.

As expectativas dos economistas consultados pela Dow Jones foram atendidas, prevendo um ganho mensal nulo e uma taxa anual de 3,1%. A taxa mensal, embora ligeiramente superior à leitura estável de outubro, representa uma desaceleração em relação à taxa anual de 3,2% registrada no mês anterior.

Ao excluir os elementos mais voláteis, como os preços dos alimentos e da energia, o núcleo do IPC subiu 0,3% no mês e 4% em relação ao ano anterior. Esses números estão em linha com as estimativas dos especialistas, mostrando uma tendência mais estável na evolução dos preços.

Apesar da desaceleração observada, a inflação ainda continua acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed). No entanto, a tendência de queda contínua sugere amenização das pressões inflacionárias. Esta desaceleração pode influenciar as futuras decisões de política monetária do Fed, principalmente no que tange à taxa de juros, uma ferramenta crucial para controlar a inflação.

Esses dados de inflação de novembro são um sinal positivo para a economia dos EUA, indicando uma possível estabilização após períodos de alta inflação. No entanto, o Fed e os formuladores de políticas continuarão monitorando de perto a situação para ajustar as medidas conforme necessário para manter a saúde econômica do país.

Outros Destaques

  • A Berkshire Hathaway (BRK) continua vendendo ações da HP (HP), reduzindo sua participação para 5,2%. As ações da HP caíram mais de 1% nas negociações estendidas de segunda-feira após a notícia. A Berkshire, de Warren Buffett, ainda possui 51,5 milhões de ações da HP, avaliadas em cerca de US$ 1,6 bilhão. 
  • A Disney (DIS) e a Reliance Industries (RELI.NS), a empresa mais valiosa da Índia, devem assinar em breve um acordo para fundir suas operações de mídia indiana em um acordo de dinheiro e ações, segundo informou a Bloomberg na terça-feira. A Reliance deve adquirir 51% da empresa resultante da fusão, caso ela seja concretizada. A Disney ficará com o restante.
  • A WeWork (WE), apoiada pelo SoftBank (SFTBY), resolveu as objeções dos proprietários ao seu acordo de financiamento, dizendo na segunda-feira que concordou em reservar uma parte de quaisquer empréstimos futuros em conta que será usada para pagamentos de aluguel. O acordo permite que o SoftBank (9984.T) redirecione até US$ 682,5 milhões para novas linhas de crédito para respaldar as obrigações de aluguel da WeWork. 
  • O Goldman Sachs (GS) contratou Paul Camp, ex-executivo do Wells Fargo (WFC) como seu novo chefe de transações bancárias, segundo a Reuters.
  • A primeira diretora-gerente adjunta do FMI, Gita Gopinath, disse na segunda-feira, que a fragmentação na economia global e mudanças claras no comércio bilateral subjacente poderiam desencadear uma nova guerra fria. Segundo ela, as perdas poderiam chegar de 2,5% a 7% do produto interno bruto global, se a economia mundial se fragmentasse em dois blocos, como EUA e Europa no ocidente, e China e Rússia no oriente.
  • A marca de moda Zara retirou uma campanha publicitária com manequins sem membros e estátuas envoltas em branco que gerou apelos de boicote e protestos do lado de fora das lojas por parte de ativistas pró-palestinos. A Inditex (ITX), proprietária da Zara, disse que a coleção foi concebida em julho e as fotos tiradas em setembro, antes do início do ataque do Hamas em 7 de outubro.

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