Descarbonização da indústria: uma transformação necessária

A COP26 deixou diversos compromissos e reflexões para países, sociedades e empresas. Um deles é o reconhecimento da necessidade da transição de emissão de combustíveis fósseis para renováveis. Quase 200 países aprovaram o documento final da Convenção do Clima, que prevê, pela primeira vez, ações de descarbonização, ou seja, a diminuição gradativa das emissões de gás carbônico na atmosfera por meio da redução do uso de combustíveis fósseis.

 Mais de 100 países, incluindo o Brasil, assinaram o “Compromisso Global de Metano”, que prevê a redução do gás metano em 30% até 2030, e pouco mais de 40 nações se comprometeram com a diminuição gradual do uso da energia do carvão até 2040, que representa quase 40% da produção global de energia e uma das fontes mais poluentes para o meio ambiente.

 Esse é um importante marco para a transformação que queremos para o mundo. Afinal, é a primeira vez que vemos em um texto final de COP o reconhecimento claro sobre a necessidade desse tipo de transição, mesmo com todas as pressões internacionais. Como bem pontuou a especialista em política climática e integrante do Grupo de Financiamento Climático para América Latina e Caribe, Natalie Unterstell, em entrevista à BBC, “é um reflexo direto de que os combustíveis fósseis estão perdendo sua licença para existir”.

 Além dos compromissos para a transformação positiva, não deixamos de ficar esperançosos com o panorama brasileiro para a energia limpas. Na versão mais recente do Índice de Atratividade de Países em Energia Renovável (RECAI, na sigla em inglês), divulgada em outubro de 2021 pela consultoria EY, o Brasil saltou da 11ª para a 9ª posição entre os países com maior potencial para atrair investimentos em energia renovável. Na edição anterior, divulgada no primeiro semestre de 2021, o Brasil já tinha saltado quatro posições! Produzido desde 2003, o RECAI classifica os 40 principais mercados do mundo em relação à atratividade de seus investimentos e oportunidades de implantação de energia renovável.

 Tenho orgulho de compartilhar com vocês que a @Braskem também trabalha ativamente nessa frente. Entre os nossos compromissos de desenvolvimento sustentável, estabelecidos para 2020-2030, está a Ecoeficiência Operacional. Com foco no uso de água e energia, nossa ambição é estar entre as referências no assunto no setor petroquímico global. Ecoeficiência, para nós, é produzir e fornecer serviços competitivos ao mercado com menor consumo de recursos naturais e menor geração de poluentes para que as empresas possam se tornar mais responsáveis ambientalmente e, ainda assim, lucrativas.

 Acreditamos firmemente nesse tipo de ação, que representa um caminho eficiente para a diminuição das emissões de gases poluentes. Além de investirmos em diversos projetos de eficiência energética em nossas plantas, também buscamos firmar parcerias de longo prazo pautadas nas energias limpas e renováveis. Hoje, cerca de 72% de toda a energia elétrica comprada ao redor do globo provém de energias renováveis.

 Alguns dos nossos projetos com foco em energia renovável merecem destaque:

 ·       O contrato com a EDF Renewable para compra de energia eólica do Complexo Folha Larga, localizado no interior da Bahia, reduzindo em 280 mil toneladas as emissões de CO2e em duas décadas;

 ·       O acordo com a francesa Voltalia para aquisição de energia solar gerada no Rio Grande do Norte, que irá reduzir nossas emissões de CO2e ao longo de 20 anos em cerca de 110 mil toneladas;

·       O compromisso com a Canadian Solar que viabilizará a construção de uma usina solar no Norte de Minas Gerais, com capacidade instalada de 152 MWp, o suficiente para abastecer uma cidade de 430 mil habitantes e que evitará a emissão de 420 mil toneladas de CO2e em duas décadas;

·       A parceria firmada com a Casa dos Ventos, empresa líder em geração de energia eólica que prevê o fornecimento de energia limpa por 20 anos, evitando a emissão de cerca de 700 mil toneladas de CO2e e com opção de adquirir participação acionária nos parques eólicos, possibilitando o regime de autoprodução.

Por meio destas iniciativas a Braskem estima evitar a emissão de cerca de 1,5 milhão de toneladas de CO2e, fortalecendo a estratégia de termos uma matriz energética cada vez mais renovável em nossa operação e na operação da cadeia petroquímica.

Além disso, um de nossos projetos que envolvem descarbonização é o projeto de modernização do sistema elétrico de nosso Polo Petroquímico do ABC, em São Paulo, tornando todo o nosso processo produtivo mais eficiente energeticamente, evitando a emissão de 100 mil toneladas de CO2e por ano.

Para finalizar, convido você a conhecer os nossos outros compromissos no site Nossos Compromissos e conferir de que outras formas estamos contribuindo para o futuro das pessoas e do planeta.