Descomplicando a Inovação Estratégica
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Descomplicando a Inovação Estratégica

É de fundamental importância olharmos para a inovação com um olhar mais descomplicado, de uma maneira extremamente estratégica, como uma ponte que pode levar a organização para um nível elevado de futuro.

Observando-se o cenário atual e com uma análise de mercado aprofundada, introduzindo uma cultura de inovação e trabalhando o mindset dos líderes, temos argumentos, mais que suficientes para quebrarmos qualquer resistência à inovação.

Quebrar esse conjunto de crenças que desencorajam o time a buscar maneiras diferentes de fazer algo que vem sendo feito da mesma forma por tanto tempo, e que poderia ser mais ágil, produtivo, eficiente, eficaz, gerando melhores resultados e proporcionando experiências mais marcantes para o cliente final, é a grande chave para construir uma cultura inovadora nas empresas. Claro que levando em consideração a necessidade de ser tolerante ao risco, aceitar os fracassos que vão acontecer e que fazem parte do caminho para o sucesso e manter os colaboradores em desenvolvimento contínuo.

A inovação é uma das formas mais inteligentes de gerar crescimento para uma empresa, e ao mesmo tempo, o ato de não inovar, a falta de coragem de correr riscos e experimentar o novo pode levar grandes negócios ao fracasso. Vemos isso através de cases como o da Kodak, que é um dos mais tristes que vejo, pelo fato de terem criado e não terem acreditado na inovação que era disruptiva e por isso foram a falência. Acredito que pelo receio de quebrarem um grande padrão de mercado na época. Também podemos citar o caso da Nokia, que por ser líder de mercado acreditou que isso bastava para que ela estivesse no topo dos negócios de telefonia e os resultados seriam extraordinários, mas se deparou com a criação de sistemas operacionais muito mais inteligentes, com vários atributos tecnológicos e inovadores, perdendo o time do desenvolvimento de um sistema que pudesse competir com o IOS e o Android.

Do lado dos cases de sucesso podemos citar organizações que acreditaram em buscar mudanças significativas para o mercado, soluções para suprir as necessidades dos clientes, sanar suas dores, gerar ganhos e benefícios, e que hoje, fazem grande diferença nas nossas vidas e estão “surfando” um bom momento e em franco crescimento dos negócios como Netflix, Uber, Nubank, entre outros grandes nomes.

E dentro da inovação não podemos deixar de mencionar os avanços tecnológicos que permitem e geram recursos tornando várias ideias anteriormente inatingíveis, uma realidade com viabilidade e êxito na execução, podemos citar soluções com tecnologias emergentes como: Inteligência Artificial, Big Data e Analytics, Biotecnologia e Nanotecnologia.


Para que possamos ter sucesso com ideias empreendedoras é preciso que haja planejamento e ele parte de um modelo de gestão de ideias, que é composto por pessoas com um DNA inovador e que através dele vão gerar capacidades e habilidades de observação do mercado, do segmento de negócio, observar os concorrentes e suas ações, gerar redes de parceiros que possam proporcionar trocas potenciais e experimentação. Isso vai fazer com que haja um balanceamento entre os fatores humanos, levando em consideração as necessidades e desejos do consumidor e principalmente o verdadeiro serviço a ser feito, usando a ferramenta de jobs to be done, os fatores técnicos que tornam a ideia factível com o uso de novas tecnologias e os fatores de negócio que referem-se a viabilidade econômica de colocar a ideia em prática. Para que essa prática aconteça também é de extrema importância que tenhamos uma equipe mista com relação ao perfil comportamental. Por isso, além de pessoas com DNA inovador e voltadas para a observação e curiosidade de maneira geral, também precisamos de pessoas na equipe com habilidades de entrega: análise, planejamento, atenção aos detalhes, implementação e disciplina na execução.

Acima desse time misto, temos que exaltar a figura de um líder com características voltadas para a inovação, que consiga ser um potencializador de pessoas, que dê abertura para as novas ideias, que tenha uma veia focada na criatura e em prol da criação. Um líder facilitador e que possa viabilizar protótipos que permitam testar as sugestões da equipe. Para que isso aconteça, ele precisa ser receptivo ao erro, plantar novos desafios, estimular a criatividade através do compartilhamento de conhecimentos, e fomentando a cultura de inovação.

Além disso, uma organização que já possui uma cultura de inovação precisa entender a necessidade da formação de um portfólio de inovação para que haja um fluxo constante mantendo um equilíbrio entre ideias incrementais, que são a maioria, substanciais e disruptivas, entendendo assim o problema que cada uma das ideias está resolvendo e não deixando que alguma delas se perca por falta de definição adequada da solução que a mesma proporciona.

Com esse embasamento técnico, uso de ferramentas, montagem de um time misto e líderes com habilidades inovadoras, a cultura de inovação da organização é fortalecida, fazendo com que as ideias percorram o caminho certo até chegar em sua execução e reduzindo os riscos de fracasso, pois quanto mais se exercita a resolução de problemas, mais conseguimos produzir ideias inovadoras.

O maior risco de mortalidade de uma empresa é não ser adaptável, flexível, estar aberta a mudanças e não avaliar as alterações de comportamentos do seu consumidor foco. Com isso, essas empresas abrem espaço para que seus concorrentes e para novos entrantes de mercado que podem tomar espaço com ideias mais adequadas a solucionar problemas do cliente. Por isso, é preciso entender o papel fundamental da presença de um time de inovação dentro das organizações que possa remover as barreiras de uma cultura organizacional que não acredita nessa demanda da inovação constante. Além disso, entender que o time precisa de liberdade de criação, precisa ter visões múltiplas de vários negócios para criar um repertório de desenvolvimento de ideias e autonomia, e ter ferramentas disponíveis que permitam um processo de criação mais claro, consciente, testado e com estratégias consolidadas para que seja uma grande oportunidade para a organização.

Sendo assim, se faz necessário e de grande valia um programa formal de incentivo e recompensa por novas ideias, mantendo o time motivado a explorar e se desenvolver, além de fazer com que a inovação seja regra e não a exceção.

E para se ter resultados relevantes é preciso manter sempre o foco no cliente para entender suas necessidades, trabalhar em rede para conseguir recursos que viabilizem prototipar e executar as ideias, capacitar os colaboradores em um ciclo de desenvolvimento contínuo e manter uma estrutura organizacional sólida e com diretrizes para a inovação estratégica.

 

 

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