DESCOMPLICANDO O COMPLIANCE
Em geral, as empresas com pouca estrutura, ou melhor sem uma gerência organizada, possuem maior resistência em adotar programas de compliance.
Voltamos ao velho hábito, e preferimos remediar a prevenir.
E, mais uma vez, a empresa se depara com um processo judicial, simplesmente, porque deixou de cumprir uma lei trabalhista, paga multas pesadas, ou mesmo recebe imposições por descumprimento às leis ambientais, que só mancham a imagem a empresa no mercado, ofuscam sua credibilidade e mingua o fluxo de caixa e suas esperanças para o futuro.
Subestimar o compliance é um dos motivos pelos quais 50% das empresas no Brasil, fecham com menos de 5 anos de vida.
Menos de 20% das empresas chegam aos seus 10 anos de vida, em geral, e, por incrível que pareça, isso se dá por falta de controles internos, falhas de gestão, respeito às normas e regulamentação.
Como sua empresa vai estar na próxima década?
O termo compliance significa “estar em conformidade com”, obedecer, satisfazer o que foi imposto, comprometer-se com a integridade.
Pensando como se vê uma empresa que possui compliance, podemos dizer o seguinte:
Esta empresa cumpri e observa a legislação à qual se submete, possui princípios éticos nas suas decisões, preserva sua integridade, assim como a dos seus colaboradores, supera as dificuldades com uma Administração competente.
Em resumo, o compliance tem a função de monitorar e assegurar que todos os envolvidos com a empresa estejam de acordo com suas práticas e conduta.
Tá bom, mas quais a vantagem prática para a empresa ser reconhecida por ter compliance?
De forma prática, o compliance aumenta:
- a qualidade nas decisões dentro da empresa ( o que reduz o custo operacional).
- o ganho de credibilidade por parte de clientes, investidores, fornecedores, entre outros.
- a atratividade do negócio, devido a estratégia competitiva (empresa sustentável e ética atrai consumo).
- a produtividade, eficiência e a qualidade dos produtos fabricados ou serviços prestados, pois a ética influência a integridade dos colaboradores, reduzindo a incidência de comportamentos que representam desvios (outro enorme ralo das empresas).
Além de ser uma importante ferramenta para as empresas que buscam mercados externos.
E, não podemos esquecer que o compliance diminui:
- o grau de exposição da empresa em relação aos potenciais comportamentos irregulares ou ilegais de seus colaboradores, de seus administrativos.
- a incidência de fraudes e desconformidades, que geram perdas de recursos (um enorme ralo nas empresas).
- o custo com sanções legais, perdas financeiras e perda de reputação.
Todos estes fatores repercutem diretamente no aumento de eficiência na gestão, no desempenho da Organização, e no AUMENTO DA LUCRATIVIDADE!
E como criar uma empresa com compliance?
Em resumo, importante ter em mente 4 passos.
1- Pedir o auxílio dos especialistas contratados, quem, de acordo com a empresa, irá criar um código de conduta, em linguagem simples e objetiva ao entendimento de todos.
2- Criar ferramentas para o marketing interno, ou seja, divulgar informações para os seus colaboradores, informando sobre a importância de seguir regras e procedimentos. O envio de SMS, WhatsApp ou mesmo e-mail para seus empregados, lembrando-os da importância de determinados pontos de gargalo da empresa, tratando a situação de forma positiva, criando canais de comunicação permanentes com sua equipe, permitindo, inclusive, que eles denunciem condutas inadequadas.
3- Mostrar que o exemplo vem de cima (desculpa informar, mas esse geralmente é um dos pontos mais difíceis). O Núcleo Gerencial da empresa deve agir com justiça internamente, fazendo isso de ações éticas na competição externa, ou seja, importante ganhar espaço no mercado, mas sem abrir mão de seus valores, é algo que deve ser sempre reforçado na empresa.
4- E por fim, não basta agir dentro da legalidade, é importante mostrar aos stakeholders (os atores envolvidos na órbita da empresa, como fornecedores, atacadistas, varejistas, empregados e outros envolvidos no negócio da empresa) que sua empresa não se envolve com atos imorais.
O compliance é mais que uma ideologia, é uma mudança de cultura na empresa, e, por isso, deve ser incorporada ao comportamento de todos dentro dela, mas precisa ser mantida.
Por isso, é importante que a empresa tenha pessoas que se comprometam com essa tarefa, mas quais são os objetivos, papéis e responsabilidades dessas pessoas na empresa?
· Analisar meticulosamente os riscos operacionais;
· Gerenciar os controles internos (o “Manda Chuva” das normas e procedimentos, em todas as esferas da empresa);
· Desenvolver projetos de melhoria contínua e adequação às normas técnicas;
· Analisar e prevenir de fraudes (papel consultivo; não se trata apenas de cobranças e imposição de mudanças);
· Monitoramento, junto aos responsáveis pela TI, no que se refere às medidas adotadas na área de segurança da informação;
· Realizar auditorias periódicas;
· Gerenciar e rever as políticas de gestão de pessoas, juntamente com os responsáveis pela área de RH;
· Trabalhar na elaboração de manuais de conduta e desenvolver planos de disseminação do compliance na cultura da empresa;
· Fiscalizar a conformidade contábil de acordo com as normas internacionais;
· Interpretar leis e adequá-las ao universo da empresa.
Prevenção e Combate à Corrupção, duas palavras que estão no uso cotidiano do nosso vocabulário, porém, geralmente não vemos na prática.
A divulgação de boas práticas na direção de uma empresa, aumenta a adesão do público interno (empregados e afins), trazendo aumento de produtividade contínua.
Manager | Comercial/Marketing | CAIXA
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