Design Thinking no RH

Design Thinking no RH

Saiba como aplicar a abordagem no setor de Recursos Humanos da sua empresa


Antes de abordar o Design Thinking dentro do setor de Recursos Humanos, é preciso entender este conceito utilizado atualmente por profissionais e empresas de segmentos tão diversificados. Resumidamente, o Design Thinking é uma maneira de solucionar problemas complexos de maneira criativa, coletiva e colaborativa, levando em consideração a inovação e a tecnologia.

Pode-se dizer que utilizar a abordagem Design Thinking é entender um problema em todos os seus ângulos e contextos, tornar as pessoas protagonistas do processo, pensar em diferentes soluções para, depois, testar as ideias e, em caso de resultado positivo, colocar tudo em prática.  

Agora que o conceito de Design Thinking já foi apresentado (ou relembrado), é possível adentrar ao tema principal com clareza. Mas como esta metodologia moderna e atual pode ser aplicada a uma área reconhecidamente tradicional como os setores de RH das empresas ou nas próprias agências de recrutamento e seleção?

Bem, o Design Thinking respeita quatro pilares: a empatia, colaboração, tecnologia e inovação, esta última pode ser entendida como uma nova e diferenciada maneira de olhar para as práticas e o capital humano das empresas.

O Design Thinking é específico para cada situação, mas normalmente, os RHs utilizam-no com o objetivo principal de melhorar os processos internos, a interação entre os colaboradores (ou quaisquer outros públicos) e o clima organizacional.  

Para ser bem-sucedido, o método precisa passar por algumas importantes etapas: a imersão no problema, a análise da situação, a idealização (busca pela solução com base no que foi observado), e a prototipagem, que é a criação de um projeto de melhorias, análise do mesmo, aperfeiçoamento e posterior aplicação efetiva.

Na prática - Um exemplo de problema que uma equipe de RH de uma organização pode enfrentar é o desgaste das relações no ambiente interno de trabalho, que podem ter diferentes motivações e, o pior, tendem a colocar a produtividade em risco e desmotivar os colaboradores. Por isso, ao usar o Design Thinking, o público deve ser colocado no cerne da questão.

Para implementar esta abordagem/metodologia, é preciso obter o engajamento de todos os colaboradores, independentemente da área e função que executem; desta maneira, antigas estruturas e hierarquias já começam a ser flexibilizadas.

O próximo passo é identificar o problema e coletar informações sobre ele. Isto pode acontecer com a ajuda de uma pesquisa interna sobre o clima da empresa: avaliações escritas, rodas de conversas, cadernos de anotações, mesas redondas de discussões, enfim, existem maneiras adaptáveis às necessidades e características da equipe.

Depois de apontar as dificuldades, os colaboradores devem ser incentivados a sugerir soluções, considerando as diferenças observadas dentro de uma equipe. Esta fase já contribui para uma maior integração, engajamento e harmonização entre as pessoas.

A partir daí, há que absorver a quantidade de informações obtidas e desenhar um projeto de solução organizado e claro, sem longos e cansativos processos. As possibilidades oferecidas pela tecnologia devem ser observadas, seja para colocar o referido projeto em prática ou para analisar os dados obtidos a princípio, por exemplo.  

Em seguida, o projeto piloto deve ser testado. Logo após, os envolvidos oferecem um retorno. Este feedback deve ser ouvido e as sugestões, colocadas em prática – lembre-se que um dos pilares do Design Thinking é o trabalho colaborativo. Depois de aprovado, coloca-se efetivamente o projeto em prática.

O foco do Design Thinking é interligar o olhar do ser humano e o negócio para que haja uma inovação e não uma invenção; o desafio é melhorar situações com os recursos existentes.

Os setores de RH podem esperar uma significativa melhora no ambiente de trabalho, que pode ser oficializada por meio de uma nova avaliação e percebida com o aumento do engajamento dos colaboradores.

Um Design Thinking bem-aplicado tende a “humanizar” as relações; há uma otimização do trabalho e um aumento na qualidade dos serviços e produtos, já que os processos ficam mais organizados, claros, definidos, gerando resultados positivos com mais facilidade.

Renata Picolo, gerente corporativa de seleção da WCA Brasil

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