A DESIGUALDADE DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

A maior avaliação de estudantes do mundo, o PISA, divulgada na data de 03/11/2019, mostra que o Brasil é um dos países mais desiguais em educação.

Na última década, a diferença de desempenho entre os alunos se aprofundou com a desigualdade socioeconômica.

Em 2018, a diferença de pontuação entre estudantes ricos e pobres na prova de leitura foi de 97 pontos, o que equivale a pular um nível de aprendizagem.

A média entre países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (ODCE) é de 89 pontos.

Em 2009 essa diferença de desempenho era de 84 pontos no Brasil, quando ainda ficava abaixo da média geral.

Todas as pesquisas internas divulgadas chegam a mesma conclusão e uma pesquisa realizada pelo INAF demonstra que, um terço da nossa população é analfabeta funcional e não se trata de um problema de acesso, mas de qualidade no ensino.

Os números mostram o fracasso e a falta de esperança de um país em que a educação não é prioridade e somente tem acesso a uma educação de qualidade uma minoria.

Acompanhamos discursos de educadores e o problema no fundo são que as teorias de um ideal de educação bem-sucedida, cede lugar a uma realidade terrível, discurso e realidade são conflitantes e divergentes.

No Brasil ocorre uma inversão, quando se trata de educação quem pode pagar estuda de graça e os que não podem precisam pagar.

A precariedade da educação no ensino público nem será necessário comentar pois as avaliações e estatísticas demonstram e são medonhas.

Vemos uma proliferação de escolas particulares para suprir a deficiência do ensino público e, algumas são de educação de primeiro mundo, apenas para uma minoria.

O ensino público passou a ser o desespero dos pais e milhares todos os anos, mesmo sem condições financeiras, vendem o almoço e a janta para transferirem seus filhos para instituições privadas para tentar salvá-os e terem uma oportunidade na era do conhecimento.

Todavia, em curto prazo seus filhos retornam para o ensino público por falta de condições financeiras em virtude dos valores de mensalidades que não condizem com a sua realidade.

Infelizmente, encontramos algumas empresas que se utilizam do tema educação como meio de marketing, apenas para "inglês ver".

Vemos ainda fundações privadas de ensino de empresas conceituadas que milhares de pais todos os anos vão se socorrer na ilusão de conseguir uma vaga (bolsa) para seus filhos, ano após ano sem êxito pois precisam salvá-los do ensino público.

Contudo, não sabem que referidas fundações são para seus pares e as pouquíssimas vagas que disponibilizam limitam, exigindo 30% (trinta por cento) do salário ou um salário mínimo como renda familiar, ou seja, não tem que ser pobre tem que ser miserável para conquistar a tão almejada vaga dos sonhos.

Divulgam que estão cumprindo a função social e transformando vidas e algumas são premiadas e aplaudidas como exemplos, existe exceção, sim, mas não é a regra.

Agora a revolução na educação é a venda de cursos, como se educação e treinamento não fossem conceitos distintos pois treinamento nada mais é do que ensinar executar certas tarefas.

Nunca se falou tanto em educação e governo e sociedade nada fazem para mudar esses números estarrecedores.

Também o mal da educação é responsabilidade dos educadores e professores pois os índices demonstram que ano após ano a educação só piora, presume-se que, desistiram ou falharam.

Quando educadores e professores desistem seja no ensino público ou particular fracassaram e assim estudantes viraram números de estatísticas ou valores.

Brasil! Segundo no ranking mundial da desigualdade.

A avaliação dos estudantes mostrou que, falhou o Estado, educadores e professores, todos FRACASSARAM sem exceção.

Educação para todos e futuro para poucos.