Destravar crédito...
O Estadão (E&N, B1), de hoje, 02-03-19, traz matéria com o título: “Com economia em ritmo lento, governo tenta destravar crédito para empresas”.
Como regra geral, uma operação de empréstimo para uma empresa, envolve a própria empresa e a respectiva instituição financeira, podendo incluir um terceiro, sócio ou não como garantidor. Legalmente, a garantia é real, quando há vinculação de um bem ou de um direito, ao cumprimento da obrigação. A garantia é pessoal, quando está respaldada no patrimônio presente ou futuro do garantidor.
A exigência de garantia pelos credores é uma velha reclamação das empresas de micro, pequeno e médio porte, que muitas vezes tem dificuldade em apresentar aos bancos suas informações de forma estruturada e que permita a avaliação de sua capacidade de pagamento. Por outro lado, já existe a prática de muitos bancos em liberar recursos mediante expectativa de vendas no futuro próximo. Entre outras condições, será sempre necessário saber qual o uso do dinheiro, pelo menos se é capital de giro ou investimento.
A matéria divulgada no Estadão relata que há uma das ideias em análise na Secretaria de Política Econômica é viabilizar a concessão de crédito com base em expectativas de venda futura. Destaque-se que é conhecido e louvável o emprenho governo na busca de instrumentos que alavanquem o desenvolvimento econômico. Vamos dar as mãos nessa direção. A matéria divulgada não permite uma visão mais abrangente e integrada, do projeto. Parece-me, entretanto, que o papel de desenvolvimento de produtos financeiros não deva caber ao governo, isto quem deve fazer são os próprios bancos. O desenvolvimento de um produto financeiro envolve também sua expectativa de risco e a adequada recomendação de potenciais garantias.
Creio que o papel do governo deva se centrar na condução de políticas que visem taxas de juros ‘civilizadas’ e facilitadoras do desenvolvimento brasileiro.
Estamos buscando o crescimento. Abraço.