A destruição da nossa história pelas chamas do descaso.
"Um país onde sua história não pode ser mantida é certamente uma nação vazia, sem memórias."
Sem um acervo como aquele perdido no incêndio ocorrido no último dia 02 no Museu Nacional em nosso Rio de Janeiro, como explicaremos a nossas crianças o que era aquele esqueleto da baleia jubarte? O que eram aquelas múmias ? Certamente com planejamento de despesas e ações em conjunto de governos, nossa perda seria menor e quem sabe, menos dolorida. Se pensássemos em futuro do conhecimento, se tivéssemos uma ação efetiva de manutenção de nossas obras talvez a cultura não estaria de luto. Necessário é que se façam um novo modelo de gestão com investimentos devidos voltados para a parceria entre entes públicos e privados com o compromisso de restaurar ainda que em parte, a nossa história.
Vale lembrar que em 2018 foi comemorado o bicentenário do Museu Nacional e que sua fundação ocorreu por D. João VI em 1818 e desde 1946 era vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro. Um acervo perdido de 20 milhões de itens, dentre eles, fósseis, documentos da época do Império, artefatos greco-romanos e o fóssil humano mais antigo descoberto no território brasileiro, batizado de "Luzia".
Não há como mensurar a perda mas há como evitarmos novas perdas pois muitos museus encontram-se no mesmo estado crítico, tanto financeiro quanto estrutural.
A quem recorrer? O que pode ser feito?