Desvendando a Liderança: Lições da Gafieira na Arte de Guiar Equipes

Desvendando a Liderança: Lições da Gafieira na Arte de Guiar Equipes


Se a liderança fosse uma dança, eu a compararia à gafieira: você pensa que sabe os passos, mas quando entra na pista, a música te surpreende!

Depois de falar sobre a jornada do colaborador e o passo a passo de como foi a estruturação da área que conseguiu um prêmio inédito no setor da educação superior no Centro-Oeste, venho dizer algumas verdades...


A liderança não é simples, não é indolor e não é um checklist.

No auge dos meus 28 anos, me deparei com a função de gerente e aprendi muito desde então sobre os erros e acertos que, como um ser humano, cometi e que me fizeram aprender. E para explicar, vamos à tal da gafieira ;)

No Brasil, todos conhecem o samba, mas poucos estão familiarizados com a gafieira. Assim como eu pensava que seria fácil aprender gafieira, acreditava que liderar seria simples com um pouco de preparo e estratégia. Engano meu.

Desde a primeira aula de gafieira, percebi que seria desafiador. Primeiro: "dois pra lá, dois pra cá" nada tem a ver com os passos da gafieira. Passo para frente, passo para trás. São movimentos que dependem da música, da parceria, do momento. Os movimentos não são puramente intuitivos; requerem sincronia, leveza e adaptação ao ritmo do parceiro.

Liderar também é assim. Ao assumir uma área pela primeira vez, mergulhei de cabeça na equipe e na estratégia, confiante de que estava no controle. No entanto, logo percebi que liderar envolve mais do que planejamento estratégico; requer compreensão do contexto, adaptação e trabalho em equipe.

Nesse sentido, gostaria de compartilhar cinco lições valiosas sobre liderança na prática:

  1. Solidão é parte do pacote. Ao assumir um cargo de liderança, mesmo com uma equipe ao seu redor, a responsabilidade pode parecer solitária. No entanto, é importante ter coragem para enfrentar os desafios sem perder o ritmo.
  2. Verdades nem sempre são evidentes. Apesar do apoio da equipe, as conversas francas podem se tornar mais raras. Afinal, a função de líder traz consigo um peso que pode afetar as interações. É essencial estar atento às mudanças sutis na dinâmica e adaptar-se conforme necessário.
  3. Suposições podem nos enganar. Tomar decisões rápidas é parte do trabalho, mas é fundamental questionar nossos próprios modelos mentais e estar aberto a perspectivas diferentes. Afinal, a melhor dança acontece quando estamos em sintonia com o parceiro.
  4. Vulnerabilidade fortalece os laços. Reconhecer erros e compartilhar vulnerabilidades com a equipe pode fortalecer os vínculos e promover um ambiente de confiança e colaboração.
  5. Às vezes, a inovação está nos passos básicos. Em meio à busca por melhorias constantes, é importante valorizar os fundamentos e entender que a complexidade vem com o tempo e a prática.

Em última análise, liderar requer mais do que habilidades técnicas; demanda empatia, compreensão do contexto e compaixão pelos que nos rodeiam.

Minha jornada de liderança foi marcada por desafios e aprendizados, mas o mais importante é o crescimento contínuo e a capacidade de fazer a diferença, não apenas para mim, mas para todos ao meu redor.

A liderança é contagiosa, para o bem e para o mal. Tonia Casarin

Lembre-se: assim como na dança, a liderança requer prática, paciência e adaptação constante. Mantenha-se flexível, esteja aberto ao aprendizado e valorize cada passo dado rumo ao sucesso.

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