Dezembro Vermelho: A prevenção é o melhor remédio
Laura Martins | Psicanalista
Desde 1987, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) criou no mês de dezembro esta campanha de prevenção e dezembro ficou conhecido como o mês vermelho, em solidariedade aos portadores do vírus HIV. No Brasil, o Ministério da Saúde abraçou esta causa mais recentemente, marcando os dezembros nacionais também com esta cor.
O objetivo principal da campanha é a Prevenção da Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. Conscientizar-se sobre a prevenção é fundamental, já que a Aids não tem cura e afeta profundamente a vida tanto de quem contraiu como a de todo seu entorno. Neste mês, ações são intensificadas com o objetivo de divulgar a prevenção, apoiar quem está em risco de contágio e, também, destacar trabalhos envolvendo quem já se infectou, objetivando maior qualidade de vida.
O uso de preservativos nas relações é a forma mais eficaz de evitar as doenças transmitidas através do ato sexual, seguida do cuidado no uso de agulhas e seringas, que nunca podem ser compartilhadas.
E como pode-se saber se houve contágio? Atualmente, por meio de um teste de detecção, oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) é possível saber se o indivíduo foi infectado. O diagnóstico precoce é de extrema importância para que se inicie o tratamento que possibilitará melhor qualidade de vida ao paciente, e fazendo com que o vírus não seja transmitido para outras pessoas.
Com todas essas ações intensificadas no “Dezembro Vermelho”, esta campanha tem um objetivo maior: erradicar a epidemia de AIDS até 2030. Porém, com toda a divulgação em torno da Aids e de todas as doenças sexualmente transmissíveis, o índice de contágios ainda é muito alto, o que traz a reflexão e o questionamento sobre o motivo que faz com que tantas pessoas ainda se arrisquem, mesmo sabendo das consequências que existem. Por que o cuidado com a saúde parece ser menos importante para algumas pessoas do que situações que podem trazer risco de vida?
Analisando a história de vida e os conteúdos internos trabalhados na Psicanálise, há a possibilidade de percorrer caminhos que poderão mudar a vida de quem viaja para dentro de si. O processo analítico permite entender os motivos pelos quais ações destrutivas são tomadas e, através da conscientização interna é possível vislumbrar outras possibilidades e escolher diferente, resultando em uma vida mais saudável e íntegra.