Dia de turista na minha cidade

Dia de turista na minha cidade

Desenvolvemos o LIVRIT (livrit.com.br) pensando nos amigos cadeirantes que sofrem cotidianamente para se deslocar em nossa cidade. Durante a Paraolimpíadas, centenas de milhares de cadeirantes estarão no Rio de Janeiro curtindo os jogos e testando a infraestrutura da cidade.

Neste ultimo sábado, decidi me exercitar de forma diferente: visitar os locais de competição na zona sul e central utilizando o transporte público e conferindo os pontos de embarque e desembarque de cadeirantes nas rotas do Metrô, VLT e ônibus até as arenas.

Para cumprir a missão em uma manhã (esposa e filha me esperavam para o almoço) tive que me planejar. Não iria na condição de PcD, mas na condição de um turista com pouco tempo disponível e ávido por conhecer parte das maravilhas e transformações do Rio.

O trajeto de quase 50 Km está na imagem do Goggle Earth e a experiência foi muito gratificante. Basicamente, utilizei os serviços do Metro Rio e de bike-sharing Bike-Rio. Iniciando as 6:00 hs em Botafogo, onde resido, segui de metrô até o Catete, ao lado do Palácio onde Getúlio Vargas encerrou um capítulo da história brasileira. Peguei a bike ao lado da estação e segui para o lindo Aterro do Flamengo onde há uma arena na praia e outra na Marina da Gloria toda remodelada. Conferi também a acessibilidade do aeroporto Santos Dummont para a estação do VLT.

Segui, ainda de bike até as estações Cinelândia e Carioca do Metrô para conferir o transbordo entre estas e o VLT. Parado no meio da Cinelândia é impossível não admirar a beleza dos prédios públicos: Biblioteca Nacional, Teatro Municipal, Museu de Belas Artes, Câmara e o tradicional Amarelinho. Já havia conferido o VLT e a conexão com a zona portuária, com seu magnífico Boulevard Olímpico pois tornei-me visitante da praça Mauá com seus museus e vida cultural renascida das cinzas da demolição do elevado da perimetral.

Deixei a bike e da Carioca o Metrô me levou até a Praça Onze. Com outra bike conferi a acessibilidade até o Sambódromo e voltei. De Metrô fui até a estação São Francisco Xavier, na Tijuca, para conferir a acessibilidade até o Maracanã, cujo entorno é hoje a principal opção de lazer e exercício da região.

Novamente devolvi a bike e segui de Metrô até General Osório, em Ipanema. Já era 10h da manhã e não havia bike disponível ao lado da estação. Me desloquei 400 metros na direção de Copacabana para conferir o Triatlo paralímpico que acontecia naquele momento. No caminho, peguei uma bike e segui via Ipanema até o Jardim de Alah e depois Lagoa para conferir o Estadio de Remo. voltei de bike até Ipanema e de Metrô regressei para casa ainda a tempo de preparar o molho de camarão que minha filha adora.

Apesar de cansativo, a maratona foi muito prazerosa e interessante pelo uso intensivo de transporte usados por pedestres. Percorri cerca de 49,5 Km de Metrô e Bike-Rio de forma rápida e econômica, gastando apenas R$25,50 (5 x R$4,10 + R$5,00). 

Recomendo o roteiro turístico com transporte público e Bike-Rio.  
O melhor de tudo é a sensação de missão cumprida.

Marcelo Ambrosio

Líder estratégico em inovação e crescimento inorgânico | CEO na Fusion Ventures | Especialista em M&A e consolidação de Startups | Conselheiro e Mentor de Negócios

4 a

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