Dia Mundial de Combate à Homofobia

Ontem, foi o dia MUNDIAL de Luta contra a Homofobia. Esta data não poderia vir mais a calhar, especialmente quando analisamos o cenário brasileiro atual:

- Abril: votação da PL 504;

- Maio: os conselheiros, de um dos maiores clubes de futebol do país, destilaram homofobia contra Gil do Vigor.

Poderia fazer mais um textão por aqui, citando como o Brasil é o um dos países que mais mata Transexuais, por exemplo, porém vou me ater ao mundo publicitário, o ramo que, em tese, deveria ser o meio mais diverso e amigável, todavia parece não ser bem assim.

Recentemente, fiz uma enquete, aqui no linkedin mesmo, sobre a quantidade de personas LGBTQIA+ nas campanhas publicitárias, na qual 60% responderam haver pouca representatividade deste público.

Quando eu saio da minha bolha e vou atrás de um estudo, realizado pela ONU Mulheres em conjunto com o Heads Propaganda e nomeado "Todxs", detectou-se que apenas 1,3% das propagandas abordam o público LGBTQIA+, um número muito aquém do que se espera.

Na última pesquisa feita deste tipo, em 2017, 10% das pessoas se declararam LGBTQIA+, número este que provavelmente aumentou de lá para cá, levando em conta pessoas mais empoderadas e encorajadas a quebrarem as portas de seus armários. 

Bom, o que quero dizer aqui é que um país que tem a diversidade como um dos princípios de sua cultura, ainda se utiliza da sigla apenas para estereótipos (como os gays cômicos em novelas) e não como base ou foco em suas campanhas. 

Precisamos, urgentemente, normalizar a família com duas mães, no dia das mães, ou o casal gay no dia dos namorados, entre todas e outras datas!

As mudanças devem ser de dentro para fora, desde a contratação até as campanhas publicitárias.

Precisamos TRANSFORMAR a forma de ver e viver a diversidade não apenas em Junho, que é o mês do orgulho LGBTQIA+, mas no ano inteiro!