Diagramar é preciso!

Vem conhecer o trabalho do diagramador dentro da Editora Mundo Cristão e algumas dicas para você que pensa nessa carreira.

Você já comprou um livro pela capa? A resposta a essa pergunta geralmente é positiva.

Mas, e pela diagramação das páginas internas, você já levou em consideração esse aspecto? Comumente, o leitor não considera muito a diagramação, mas posso garantir que ela faz toda a diferença!

E por quê?

Você já pegou um livro que despertou seu interesse, mas, quando começou a lê-lo, a leitura o cansou, exigindo um esforço enorme para terminar cada página, fazendo com que abandonasse a experiência?

Se o livro não era mal escrito, é bem provável que a culpa era da diagramação! A fonte do texto muito pequena, a entrelinha muito apertada, um estilo de fonte que não favorece a fluidez da leitura são casos típicos de problemas na diagramação.

Por outro lado, um livro bem diagramado faz com que você leia muito mais!

Por isso, escolher um projeto gráfico adequado para cada tipo de livro é essencial para manter a fluidez da leitura e até proporcionar condições para não cansar o leitor, mantendo-o mais tempo mergulhado no texto.

E quem é o responsável por deixar o projeto de um livro tão especial, de capa a capa, é o profissional de diagramação. Chame-o de diagramador, designer editorial, como queira!

Mas o importante é que ele não pode ser apenas criativo, que escolha uma fonte de texto bonita, faça um leiaute primoroso, o profissional dessa área precisa acima de tudo ser criterioso, detalhista e — aqui vai minha alusão ao título — preciso!

Sim, usar o adjetivo que tem sentido de necessidade e também de exatidão se aplica perfeitamente à arte de se diagramar um livro.

Claro, nenhum livro nasce sem passar pelo processo de diagramação, mas o sucesso desse processo vem exatamente do cuidado com os detalhes e, dentre eles, aponto:

distribuição dos elementos na página (títulos, cabeços, olhos, notas, caixas e texto principal), o cuidado com palavras ou linhas isoladas (comumente chamadas de viúvas e órfãs), respeito com os espaçamentos, com as margens estipuladas etc.

Para o diagramador, é importante saber lidar com a monotonia. Parece desanimador?

Mas é fato! Pense que a palavra monotonia tem em sua semântica aquele que deve sempre manter um mesmo tom ou ritmo. É repetitivo?

É! É muitas vezes cansativo? Sim! Mas o profissional que sabe lidar com isso, com certeza, fará um bom trabalho.

Se você se interessou pelo tema ou pela profissão de diagramador, procure estudar as ferramentas mais usadas no mercado.

Para diagramação, o software que domina sozinho o setor é o Adobe InDesign, mas ter bom conhecimento em ferramentas auxiliares, como o Illustrator e o Photoshop, vai deixar seu trabalho muito mais rico.

Além das ferramentas, é importante estudar conceitos de design gráfico, a teoria das cores e sempre acompanhar as tendências do mercado.

No mais, paciência e precisão!

Por Felipe Marques Ferreira