AS DIFICULDADES E A FÉ.
Eu li uma vez que ‘calmaria nunca fez um bom marinheiro’. Paulinho da Viola cantou: ‘Não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar, é ele que me carrega como nem fosse levar’. A vida é tão inexplicável quando cercada por dificuldades que precisamos da fé em Cristo para passar por elas.
Deixado sozinho em seu próprio desespero o ser humano enlouqueceria ou atentaria contra sua própria integridade. È por isso que temos e carecemos cada vez mais de redes de apoio formada por amigos, profissionais e gente comum que esteja por perto para aconselhar, direcionar, orar ou apenas ouvir e fazer companhia. Se temos que passar por dificuldades que nunca seja na companhia da solidão.
Jesus, enquanto lidava com o sofrimento dos outros, curando, ensinando e pregando, no final de cada dia se retirava sozinho para ficar em comunhão com seu Pai. Porque até mesmo ele carecia de um ombro para aliviar o inestimável peso das aflições que não eram suas. Jesus se renovava pela oração.
Ele não buscava em si próprio as forças para descansar a alma repleta de pedidos e demandas de outros. Ele se restaurava em Deus. Como é possível que eu e você, quando surpreendidos pelo dia obscuro, atacados em nossos sentimentos e abatidos muitas vezes encontrarmos em nós próprios resposta, recurso, solução, livramento?
È como pedir a um moribundo no leito que cure a doença de uma outra pessoa. O alivio e a força para continuar está fora de nós, está em Deus. Passaremos sempre por um ou outro momento de crise. Seremos tentados ao desânimo, a entregar os pontos, ao murmúrio e queixas. Que nestas horas, mais do que depressa, busquemos nossa rede de apoio, e principalmente, aquele que pode enxugar dos olhos toda lágrima.
Caleb Mattos.