Dinheiro, Diversidade e Dados: os novos investimentos e o alto potencial econômico da comunidade negra
Uma famosa revista de negócios e economia selecionou 10 criadores de conteúdo que transformaram a influência de suas redes sociais em novos negócios. Sem nenhuma pessoa negra, a seleção gerou críticas e levantou reflexões da nossa comunidade sobre como a invisibilidade nos exclui das oportunidades.
No artigo "BBB, Forbes e afins: Estamos usando nosso engajamento negro e poderoso de forma correta?", a jornalista Silvia Nascimento chama a comunidade negra à responsabilidade sobre o engajamento dado a criadores negros. Além disso, a modelo e influenciadora, Camilla de Lucas, ao repercutir a lista de creators negros milionários publicada pelo Mundo Negro na última semana, falou sobre a importância de falar a respeito da economia de dinheiro e como ela se preocupa em poupar para ter uma aposentadoria tranquila.
Além desses temas, a Newsletter desta semana trás novidades sobre novos investimentos como o lançamento do ‘Carrousel Studios’, produtora independente de cinema que pertence ao ator francês Omar Sy. Já nossa colunista, Kelly Baptista, trouxe dados importantes de uma pesquisa que aponta que trabalho híbrido abre oportunidades para mulheres negras.
Creators negros milionários: sim, eles existem!
Por Arthur Anthunes | Uma revista brasileira, famosa por sua lista de pessoas milionárias fez uma seleção com os creators mais ricos do Brasil. Apesar de focar em produtores de conteúdo na Internet, dois personagens da matéria exerciam algumas funções fora da Internet, como atuação em novelas ou eventos esportivos, mas não eram empreendedores. Isso reforça que a lista da revista fez uma apuração questionável no sentido de incluir diversidade de cor e corpos.
Um dos fatos repercutidos após a publicação, é a dificuldade de creators negros se manterem no mercado. Produzir conteúdo na Internet demanda tempo, investimento em bons equipamentos, tirar do próprio bolso dinheiro para participar de eventos e ser visto, sem mencionar a indecente prática de agências de publicidade de pagar pouco em um prazo que pode chegar até 90 dias. O retorno é baixo para a maioria desses talentos, que acabam desistindo do sonho de tornar a Internet a sua fonte de renda.
Porém, ao contrário do que a lista da revista ignorou, há sim, um pequeno grupo de creators negros, grandes, relevantes, influentes e milionários.
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BBB, Forbes e afins: Estamos usando nosso engajamento negro e poderoso de forma correta?
Por Silvia Nascimento | A comunidade negra move a Internet, mas não colhemos a grana que ela movimenta e acho que temos um pouco de responsabilidade, não culpa, mas precisamos ficar atentos a um jogo de cartas marcadas, onde temos sido usados algumas vezes.
Eu não acho honesto apontar os dedos para as pessoas negras, que na maioria das vezes nem têm consciência do poder do seu like, do seu comentário ou engajamento.
Como Head de Conteúdo do Mundo Negro, em 2024, decidi que não iríamos cobrir o BBB de forma integral como antes. Foi uma escolha onde sabíamos que perderíamos uma oportunidade de ter mais engajamento. Falamos do programa pontualmente por temos um grande carinho pelos nossos leitores que gostam do reality.
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Camilla de Lucas fala sobre importância de não ser exibicionista e pensar em “ostentar a aposentadoria”
Por Silvia Nascimento | O Mundo Negro fez uma lista de Creators Negros, com nomes fortes dentro da Creators Economy. Nesse mercado milionário, 81% dos criadores de conteúdo vivem exclusivamente da sua produção, de acordo com a pesquisa Creators & Negócios, feita pela Brunch e pela Youpix, a maioria é branca. Camilla de Lucas, modelo, creator e ex-participante do BBB 21 representa a minoria negra que conseguiu fazer fortuna com a Internet.
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Ao repercutir seu nome na lista do Mundo Negro, Camilla confirmou que seu faturamento anda muito bem. “Eu não abro meu faturamento, mas posso dizer que felizmente o prêmio de um campeão do bbb foi multiplicado algumas vezes por aqui através da publicidade. Dentro de 8 meses num só ano fiz ação com 96 marcas diferentes e nesse momento não tenho produzido tanto conteúdo pq consegui fazer meu pé de meia e posso ter o privilégio de escolher essa posição”, explica a modelo.
Ainda em seu texto, ela ressalta que apesar da vida boa, não dá para viver apenas do presente, mostrando as conquistas. “Outro detalhe importante é que não conversamos sobre a economia de dinheiro, e como a organização deve ser feita pra não voltarmos para a estaca zero. Vejo que assim que mudamos de vida, a vontade de ostentar carro e casa é GIGANTE. Temos a sensação de mostrar que chegamos lá! Mas é preciso ostentar aposentadoria. Eu dificilmente mostro e vivo com aparência de acordo com meus ganhos, pq prefiro poupar.“
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Omar Sy lança produtora com o objetivo de torná-la “o primeiro estúdio independente de cinema e mídia da Europa”
Por Isadora Santos | O intérprete de “Lupin”, série da Netflix protagonizada pelo ator francês, Omar Sy, lançou um novo negócio na área do entretenimento. Criada em sociedade com o diretor de “Fast X”, Louis Leterrier, e o produtor de “Gangs of London”, Thomas Benski, a ‘Carrousel Studios’ é uma produtora cinematográfica independente que possui escritórios na França, Inglaterra, Estados Unidos e no Senegal.
De acordo com informações publicadas pelo Deadline, a produtora está posicionado para se tornar uma força significativa no cenário da produção audiovisual europeia. A empresa pretende financiar e produzir uma ampla gama de projetos cinematográficos e televisivos, com foco em gêneros que vão desde ação até comédia, passando por thrillers, ficção científica e fantasia.
Os três, que já trabalharam juntos em filmes e séries falaram sobre a escolha do nome da produtora: “O único propósito de um carrossel é entreter, não importa de onde os pilotos venham, não importa sua idade ou origem”, explicaram em um comunicado oficial para a imprensa. “Além disso, a palavra carrossel é compreendida em todo o mundo e associada a momentos mágicos. Nosso Carrossel terá a mesma sensação, com uma abordagem moderna para criar conteúdo global em um ambiente que prioriza os artistas.”, disseram.
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Pesquisa aponta que trabalho híbrido abre oportunidades para mulheres negras
Por Kelly Baptista | Muito se discute sobre o home office, principalmente após grandes multinacionais adotarem o modelo remoto de forma definitiva. O mercado entra neste debate como se esta fosse a realidade da maior parte dos trabalhadores, mas sabemos que essa realidade se restringe a raça e classe.
Pesquisa recente aponta que 66% das mulheres dizem que o trabalho híbrido abriu novas oportunidades no trabalho que de outra forma não teriam, aumentando para 73% das mulheres em grupos minoritários.
Mulheres em grupos minoritários relatam impacto tangível no crescimento profissional como resultado do trabalho híbrido, tornando-as mais eficientes (44%), dando-lhes tempo para participar de treinamentos adicionais para apoiar sua carreira (29%) e aumentando sua visibilidade com a alta liderança (32%).
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