Dinheiro e casamento. Dicas para não acabar
Planejamento, equilíbrio, informação, transparência, trabalho em equipe, disciplina, respeito, cuidado, carinho, são palavras e expressões que, se levadas a sério, ajudam a manter um bom relacionamento seja com uma outra pessoa ou com o dinheiro.
Mais de 45% das separações e brigas dos casais são atribuídas ao dinheiro ou a forma em que ele é administrado por cada um. A falta de transparência, desde ocultar rendimentos até a traição financeira, é um dos elementos chave, que também é acompanhado pela falta de planejamento e as compras por impulso.
Outro fator de atrito é consequência dessa correlação, inexistente, entre afeto e dinheiro, que leva a considerar “falta de amor” quando um dos parceiros se nega a fazer determinado gasto por estar ciente de que o dinheiro não é suficiente.
Ter ou não ter dinheiro, assim como administrar bem ou mal esse recurso, pode interferir em qualquer relacionamento, sem isso significar que o relacionamento é por interesse financeiro.
“Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe.”
Este voto, repetido pelos casais no mundo todo, acredita-se que implica uma comunhão de mente, corpo e alma, mas muitos esquecem da parte de “na riqueza e na pobreza”. Eu sou dos que acreditam que a comunhão é de mente, corpo, alma e finanças.
Como fazer para esse voto não se transformar num peso insuportável?
- Planejem. Fazer planos não resolve o futuro, desconhecido e incerto, mas facilita o trânsito. Esta recomendação funciona para o dinheiro e qualquer outro recurso. Planejar também funciona muito bem para manter um relacionamento.
- Planejar não é chato. Planejar não significa criar uma rotina engessada, mas indicar objetivos de curto, médio e longo prazo e fazer o desenho básico dos caminhos até eles.
- Um executa e o outro cuida. Uma vez que o objetivo foi determinado e o plano está pronto, chega a hora de colocá-lo em ação. Os dois irão executar tudo? Não esquecer a frase: “cachorro de dois donos morre de fome”; enquanto um executa o outro controla, mas essas funções podem se alternar segundo o objetivo!
- Objetivos do grupo junto aos objetivos individuais. Vida a dois não significa perda de individualidade e isso se reflete nos objetivos. Além dos objetivos do casal também existem os objetivos individuais de cada membro. Porém...
- Priorizar os objetivos. Não adianta ter muitos objetivos se eles não são priorizados, pois se algum deles consumir mais recursos além do esperado, qual vai ficar fora ou será postergado?
- Diálogo e transparência. Aqui aparece a parte do voto que diz: “...respeitando-te e sendo-te fiel...”. O diálogo permite ajustar rumos de comum acordo. Transparência significa que as ações de um serão conhecidas pelo outro e essas ações individuais não irão contra nenhum objetivo em comum, salvo assim decidido pelos dois.
E desde o ponto de vista financeiro, o que isso significa?
> Planejem seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
> Priorizem esses objetivos. Não sempre poderão guardar dinheiro para todos ao mesmo tempo.
> Controlem seu orçamento, gastando menos do que recebem.
> Cuidado com as compras por impulso e o endividamento.
> Criem um fundo de reserva para enfrentar situações inesperadas.
> Cuidado com ocultar compras ou dívidas do outro. Isso abala a confiança, deteriora o relacionamento e pode levá-lo à morte.
“E foram felizes para sempre!”
A felicidade de um casal não é consequência do que eles têm mas de como administram seus recursos, independentemente da quantidade. Sendo assim, essas regras irão facilitar bastante o caminho.
O BEM-estar do seu relacionamento é o nosso plano!