Direita em Conflito: Estudo Revela Divisão no Apoio de Bolsonaro a Ricardo Nunes, Críticas de Malafaia e Engajamento de Marça
Alek Maracajá
Entre os dias 6 e 8 de outubro, a Ativaweb conduziu um estudo focado no comportamento de perfis da direita que seguem Jair Bolsonaro e Pablo Marçal no Instagram. O levantamento analisou as menções relacionadas às eleições de São Paulo.
Esses dois eventos : o apoio de Bolsonaro a Ricardo Nunes e o impacto de Marçal, juntamente com a crítica de Silas Malafaia a Bolsonaro, geraram um total de 3.109.554 menções no Instagram, refletindo o impacto e a polarização dentro da própria base de direita.
A análise de sentimento automática revelou uma clara divisão entre os usuários: 48% das menções rejeitaram as manifestações do grupo Bolsonaro em apoio a Nunes, enquanto 52% demonstraram apoio, acreditando que Bolsonaro está no caminho certo ao aliar-se a Nunes.
Pablo Marçal, por sua vez, soube aproveitar uma fatia significativa do grupo político mais extremo do país, engajando com esse público de maneira eficaz e gerando uma verdadeira mobilização digital em torno de suas pautas.
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Hoje, um grande movimento nas redes sociais foi impulsionado pela fala do pastor Silas Malafaia criticando Jair Bolsonaro, o que desencadeou uma repercussão exponencial. Flávio Bolsonaro também se posicionou contra o pastor, intensificando ainda mais a movimentação entre os militantes nas redes.
Embora haja uma leve maioria favorável ao apoio de Bolsonaro a Nunes, a rejeição significativa dentro do grupo de seguidores de Bolsonaro e Marçal destaca a polarização do eleitorado e suas reações às alianças políticas.
Vale ressaltar que a pesquisa foi limitada ao Instagram, refletindo o comportamento específico dessa plataforma, mas possivelmente não abrangendo a totalidade das opiniões em outros meios digitais.
Alek Maracajá - Com tudo isso que está acontecendo, o Tarcísio, o Kassab, eles estão puxando um discurso um pouco mais centro-direita. Bolsonaro já viu essa interpretação. Ficam fortalecendo também juntos, os três. A extrema-direita não gosta desse movimento e se apoia em Pablo Marçal. Então, Marçal consegue agradar aquela turma da extrema-direita, a tia do WhatsApp, todo aquele movimento nas redes sociais. Na minha interpretação, existe o movimento de Marçal continuando aquele discurso feroz, enquanto Tarcísio, Bolsonaro e Kassab se alinham em uma direita mais equilibrada, com ideologias e plano de governo para um Brasil futuro.