Dispensário eletrônico, farmácia satélite, maleta de parada. Como a Farmácia Hospitalar controla os estoques distantes?
Enfermeiro da noite-foto divulgação- Netflix

Dispensário eletrônico, farmácia satélite, maleta de parada. Como a Farmácia Hospitalar controla os estoques distantes?

Onde há medicamentos estocados, o farmacêutico é responsável. Responsável pelo abastecimento, pelo controle e pela gestão.

A foto acima é do filme Enfermeiro da Noite (Netflix) e os enfermeiros (atores) estão sentados em frente ao dispensário eletrônico da UTI. No filme, a história é contada através do olhar da enfermagem. Há suspeita do envolvimento de um enfermeiro e mortes inesperadas dentro da UTI. Sem mais informações sobre o filme, não irei dar spoilers. Baseada em fatos verídicos. Fica a sugestão.

Chamo a atenção aqui para o processo de abastecimento e controle de estoque dos dispensários eletrônico e outros estoques de medicamentos.

Como é o processo de contagens cíclicas e inventários dos dispensários?

Como o farmacêutico ajusta e lida com as constantes divergências nestes estoques?

Será que divergências repetidas em determinado local podem ser sinal de algo errado? ou “isso é assim, nunca bate a contagem”.

Será que em determinado setor SEMPRE há perda de medicamentos por quebra?

O Farmacêutico Hospitalar precisa ter o controle dos seus processos e gerencia-los de forma analítica. Todas as divergências de estoque merecem atenção e investigação. Seja para melhorar um processo, seja para salvar uma vida. Muitas vezes quem está dentro da farmácia hospitalar “esquece” que estamos trabalhando para uma pessoa doente que é filho, irmão, irmã, marido, pai, mãe, amigo de alguém. Ficamos tão envolvidos nas rotinas da farmácia que entramos no automático. Precisamos tomar posse de que a farmácia hospitalar pode e deve ser o filtro de muitos eventos adversos dentro do hospital. O trabalho do farmacêutico é fantástico.

Neste filme, não temos acesso as informações do hospital, mas acredito que o farmacêutico em situações como está deve ter papel protagonista.

Mirelle Ribeiro Lima

Gestão de Farmácia Hospitalar, Farmacêutico Hospitalar.

1 m

Excelente reflexão. Toda divergência deve ser investigada!!!!!!

Leandro Ferracini ∴

Consultor de Serviços de Saúde-Operação Logística-Hospitais-Clinicas-Automação

2 a

Automação hospitalar, dizendo dispensários eletrônicos, tem que ser estruturados com premissas de segurança (abastecimento, estoque, inventários, dispensação…)via integração 100% com ERP do hospital, o armazenamento e sua dispensação tem que ser unitário (por dose prescrita por horário) exemplo todos medicamentos da portaria 344 além de ser dispensados unitariamente (apenas a dose prescrita) automaticamente tem que ser escriturado no livro de controle especial (ANVISA), um pequeno comentário sobre dispensários. Segurança do paciente em primeiro lugar, menor estoque imobilizado, menor deslocamento da equipe assistencial, rastreabilidade de todo e qualquer movimentação de estoques e acuracidade 100% do estoque controlado em tempo real. Sem a integração com sistema de gestão hospitalar (ERP), sem as premissas “básicas” de controle e segurança, não se faz necessidade ou ainda não mínimiza, não trás barreiras de segurança…

CAMILA MELO RIBEIRO MSc.

Mãe | Farmacêutica | Gestão | Suprimentos | Docência |Desenvolvimento de Pessoas | Acreditação Hospitalar | Farmácia Clínica | Saúde Pública

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