DNA e Modus Operandi

Cada empresa tem seu DNA e seu modus operandi. O profissional de Recursos Humanos que entender isso, já estará um passo a frente para os desafios que encontrará ao iniciar em uma empresa, seja este como funcionário ou como consultor. Aliás, como consultor mais ainda, pois as pessoas que atuam na empresa são únicas e o clima/cultura organizacional dela foi criado pelos donos, gestores, funcionários, terceirizados, etc. Entender isso é fundamental para a implantação de qualquer projeto.

Na área de Recursos Humanos principalmente, costumo mencionar em sala de aula ou em reuniões uma brincadeira, que o RH não é a área de Logística, pois as pessoas, diferentemente das coisas, sentem ao serem lançadas de um lado para o outro, seja por transferência e até mesmo em uma mudança estrutural de local de trabalho.

Todo o projeto de Recursos Humanos deve começar com a aculturação do consultor pela empresa, para que ele possa entender qual o melhor caminho a tomar para implantar o tal projeto.

Vejo alguns profissionais/empresas de Recursos Humanos ofertando produtos de prateleira, como se o RH fosse padronizado e a solução que serviu tão bem para a empresa A servirá sem problemas para a outra empresa. Ledo engano. Necessário customizar e adequar a realidade e cultura de cada empresa para que o projeto de RH seja eficaz para o resultado daquela empresa.

Sim, RH é ligado a resultados. Toda a ação de RH deve estar voltada para Resultados para a empresa e consequentemente para os funcionários. Sem resultados positivos não há como manter programas voltados para desenvolvimento e capacitação. Além, obvio de manter a remuneração competitiva a fim de reter o profissional competente e assim, evitar o turnover. Evitando o turnover evito a perda de conhecimento da empresa e não preciso (a via de regra) repetir treinamentos básicos como atendimento ao cliente e processos simples. A vida de regra também, com funcionários com mais tempo de casa, motivados e comprometidos a chance de otimizar processos aumenta substancialmente com a própria prata da casa, pois funcionário comprometido com o negócio da empresa é um consultor e empreendedor espontâneo podendo sugerir ideias muito melhor do que qualquer consultor formado em Harvard.

Mas quem propicia isso para a empresa? O profissional de RH. Mais uma vez. Este precisa entender de números, de relatórios, de folha de pagamento e de orçamento. Precisa entender que são as pessoas que fazem a engrenagem rodar. São as pessoas que fazem a diferença na empresa. São as pessoas que precisam ser cuidadas, acarinhadas, motivadas, desenvolvidas.

Simples.

Patrícia Flôres, Psicóloga, Especialista em Remuneração. Contato pflores@oi.com.br Junho/2015