Do Seletivo a Aprovação: Minha Experiência no Seletivo para Residente Portuária no Setor de Inovação do Porto Itaqui

Oi, eu sou a Ana e vou te contar um pouco da minha trajetória como Residente Portuária, desde a admissão até um pouco do meu dia a dia no meu primeiro mês aqui no Porto Itaqui.

Quem é a Ana?

Antes de falar sobre a experiência em si, acredito que seria interessante contextualizar um pouquinho sobre mim. Sou Maranhense, nasci e fui criada no interior do estado, em uma cidade de nome Grajaú. Tive a oportunidade de cursar Design na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e lá, entre as inúmeras experiências das quais me propus a participar, me encontrei na pesquisa.

Por conta da Pandemia, voltei para o interior e concluí minha graduação de forma remota. Quando me deparei com a grande incógnita que era o mercado de trabalho, as oportunidades remotas já estavam entrando em um movimento de redução e me senti assustada diante das poucas oportunidades no local em que me encontrava versus a dura realidade do mercado que exigiam competências além do esperado de um iniciante, júnior ou recém formado.

Por sorte ou competência, no ano seguinte (em 2023) à minha graduação, consegui um emprego remoto em uma área que não muito me agradava. Mas é como dizem… as contas precisam ser pagas.

Em meio a essa insatisfação, procurei me candidatar a todas as vagas que me interessavam. Como uma proletária que precisa de dinheiro, eu diria quase todas as vagas… risus Mas, como eu sabia com o que gostaria de trabalhar, mantive o foco de minhas candidaturas sempre relacionados a UX ou algo que tivesse alguma abertura para atuar na pesquisa como Design de Serviço ou até mesmo produto. Consegui algumas entrevistas, mesmo usando a famigerada Gupy, mas não tive o retorno que tanto desejava.

E entre várias candidaturas, algumas poucas entrevistas e zero retornos…

Eis que surge uma oportunidade.

O Edital da Fapema para Residente Portuária veio como uma luz para os meios anseios. 

Me recordo como se fosse ontem.

Estava exausta de um dia cheio de problemas de trabalho quando me deparei com a divulgação. Não lembro ao certo se foi no LinkedIn ou Instagram, mas para mim só importava que era na minha área: Design. E o melhor de tudo, focado em pesquisa e inovação, tudo que eu estava querendo vivenciar naquele momento da minha vida.

O Processo Seletivo.

O seletivo contou com 10 (dez) vagas: 5 (cinco) delas para o Time de Descoberta e 5 (cinco) para o Time de Desenvolvimento. As etapas para o primeiro time consistiam em: 1. Currículo Lattes (acadêmico), 2. Proposta de Projeto e 3. Entrevista. Já para o time de Desenvolvimento na última etapa, no lugar de uma entrevista, seria realizada uma prova.

Confesso que foi um processo um pouco angustiante, especialmente para mim. Comecei tirando exatos ‘1,98’ de ‘10’ na análise do currículo, pura e simplesmente porque não o tinha atualizado de forma correta. 

Como assim, Ana?

Basicamente, deixei de colocar outras experiências super relevantes no meu lattes, e isso acabou não entrando na minha avaliação.

Então se você tem pendências no seu Lattes, atualiza! ATUALIZA AGORA!!! Pois na hora da necessidade pode ser que as coisas não corram tão bem quanto o desejado.

Apesar disto, não desisti, fui na fé e na coragem rezando, orando e acendendo vela para tudo dar certo, enquanto aguardava pelas próximas etapas.

Para minha felicidade, tirei uma nota bem melhor no projeto que, comparado com o Lattes, tinha um peso maior. Isto me deu esperanças e fiquei confiante de que conseguiria um 10 na entrevista, afinal, 2023 foi o ano em que mais pus em prática essa atividade. 

Acredito que tudo é um meio para um fim e, apesar de não ter tido retornos das outras oportunidades que tentei, elas me ajudaram a trabalhar minhas habilidades para esse momento. E como esperado, o tão ansiado ‘10’ veio.

A Mudança.

E com uma resposta positiva, eis que se deu início a um movimento muito rápido de mudança em minha vida. Não só de trabalho ou rotina, como ambiente, cidade e pessoas que estariam à minha volta.

Confesso que foi um processo emocionalmente difícil e exaustivo. Mas tudo que fazemos, realizamos com um propósito. E essa foi uma mudança que tenho visto como positiva e a medida que estou me imergindo na rotina do Porto, tenho aumentado ainda mais minhas expectativas.

Uma Nova Rotina.

Na segunda semana de Janeiro de 2024, deu-se início a minha nova trajetória. Fui muito bem recebida no Porto e fiquei impressionada com o quão grande e quão capaz é o Porto Itaqui aqui no Maranhão. Uma empresa que tem muito a orgulhar o nosso estado e que busca trazer retornos não só financeiros mas, principalmente, sociais visando o bem e crescimento da comunidade maranhense. 

Eu e 9 outros Residentes, que embarcaram comigo nessa jornada, somos umas das pessoas impactadas pelas iniciativas do porto. Aqui estamos tendo a oportunidade de aprimorar nossas habilidades interpessoais, através de um treinamento com uma empresa focada em desenvolver as softskills, com acompanhamento psicológico focado no eixo profissional. 

Além disso, estamos tendo a oportunidade de conhecer a fundo o porto e todos os eixos que o fazem funcionar. Entendendo melhor como a inovação pode ser abordada dentro deste complexo industrial e como nós, pessoas com experiências e formações tão diversas, podemos contribuir para gerar melhorias.

Minhas Expectativas

Confesso que só o fato de ter passado já foi um alívio para mim, nunca me vi tão eufórica com algo em minha vida antes. Cada novo dia aqui tem sido uma grata surpresa, toda experiência e conversa com os diferentes setores tem sido um verdadeiro aprendizado. 

A realidade aqui no Porto do Itaqui tem ido além do que eu esperava e me sinto motivada a gerar mais resultados a comunidade maranhenses. 

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