Doces e melancolia: uma relação de amor
Outro dia, a sobrinha, de três anos chorava insistentemente. “Eu quero chocolaaaaaaaaaate”, ela gritava. “Não tem chocolate”, disse a mãe. “Então eu quero brigadeeeeeeeeeeeiro”, ela rebateu. Rimos. Eu a mãe dela. Gargalhamos porque sabemos que, desde os três, ela já aprendeu uma armadilha da vida: associar sua tristeza ou frustração a um docinho. Não que isso seja bom. Sabemos todos os malefícios do açúcar. Mas, na contramão de tudo que é politicamente correto em termos de alimentação, existem poucas coisas tão gostosas quanto sucumbir a um docinho quando você está triste.
Porque tem horas que só um chocolate – ou suas variações — resolve. Quantas noites não passamos com as nossas amigas, chorando dores de amor, acompanhadas de um pacote de Calipso e muita comédia romântica com final feliz? E quando dá tudo errado no seu dia? Teve briga com o chefe, a reunião foi uma droga, o carro quebrou… e você, respirando fundo antes de ligar para o seguro e chorar, entra em uma padaria e compra um sonho gigante? É, tem horas que só o chocolate resolve mesmo.
Quando nos entregamos a essa tentação do açúcar é como se estivéssemos respondendo para o mundo: “Ah, não vai me dar o que eu quero, é? Ó que eu vou sucumbir à torta de maçã com canela, hein? Quer ver quem é melhor?”. Competimos com a tristeza. E, na briga entre a melancolia e o chocolate, o segundo sempre vai ter seu lugar assegurado no universo. A dor passa, mas a lembrança do dia em que, num rompante de choro e fúria, você resolveu acabar com o pote de Nutella, fica para sempre.
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Especialista em gestão de pessoas. Treinamentos - recrutamentos)
8 aMarília é exatamente assim, o doce tem uma relevância muito grande nesses momentos de frustrações, alivia e nos dá um prazer consolador.rsrs