A DOENÇA COMO RECEITA – 2

A DOENÇA COMO RECEITA – 2

A confusão é enorme, e não é sem querer. Antes da pandemia não se falava em saúde mental, seja lá o que isso pode significar, mas com tudo o que aconteceu a partir de 2019, esse termo começou a fazer parte das manchetes, ao ponto de ser chamado de nova epidemia. Só faltou explicar...

Primeiro temos que entender o que é um contínuo. É uma medida de algo que não é sim nem não, de forma absoluta, mas que tem graduação, que vai do pouco ao muito.

DOENÇA MENTAL  é um transtorno diagnosticado por métodos clínicos científicos, validados. Uma pessoa diagnosticada com um transtorno mental (depressão, pânico, esquizofrenias, etc.), pode ter um transtorno leve (BAIXA Doença Mental)  ou grave (ALTA Doença Mental).

SAÚDE MENTAL não tem diagnóstico científico, não é um transtorno ou uma doença mental. São apenas duas palavras usadas para confundir o entendimento do REAL problema, e vender soluções de outro problema, a doença mental.

O termo “Saúde mental” não vem da ciência, não define nenhum problema.

O que comercialmente é chamando de “baixa saúde mental” é aplicável às pessoas com dificuldade de tocar a vida de forma positiva, que se vitimizam, que se sentem cansadas e impotentes, que sempre veem barreiras e não soluções, para quem o copo está sempre meio vazio. É uma questão de comportamento social e estilo de vida, não de remédios psiquiátricos como antidepressivos; antipsicóticos; estabilizadores do humor ou ansiolíticos. O termo que melhor define um estado de baixa saúde mental é “languidez” ou “apatia”. Pessoas com dificuldade de lidar com a dinâmica da vida ficam mais estressadas, com muita frequência, ativam respostas hormonais em seu corpo que as preparam para fugir e não para enfrentar os problemas. Isso não é doença, mas um estilo de vida ruim.

Ter saúde mental é estar em estado de “florescimento”, tocar a vida de forma plena, e o grande motor desse estado é viver sob baixo estresse. As pessoas que sabem se adaptar, são mais resilientes com seus objetivos, não culpam os outros pelos problemas, aceitam mais as diferenças, mantém seu corpo, biologicamente, em um melhor estado de crescimento, sempre preparado para enfrentar problemas sem estresse. Remédios em nada ajudam a atingir o estado de florescimento, ao contrário, impedem cada vez mais.

Com essa “confusão comercial” conectando o termo Saúde Mental os tratamentos da Doença Mental, as despesas médicas não param de subir, 47% das consultas psicológicas são de pessoas sem nenhuma doença ou transtorno mental, que gastam com consultas desnecessárias e sem resultado, muito medicamento é indicado em situações desnecessárias, criando mais problemas de saúde, que levam a novas e maiores despesas.

Vivemos um mundo onde a adaptação é cada vez mais exigida, onde tudo sempre é novo, onde problemas que nada tema  ver conosco são buzinados em nosso ouvido o tempo todos, onde somos sempre expostos e comparados. Sofrer com isso não é necessário, é uma questão de comportamento e estilo de vida. Tratar essa dinâmica como um transtorno mental acaba com o indivíduo e aumenta muito a sinistralidade de qualquer operadora.

A saída pessoal é aprofundar seu autoconhecimento, entendo onde estão suas dificuldades e aprender a reagir a cada situação sem culpar terceiros. Para as empresa e operadoras, é apoiar seus colaboradores e usuários a compreenderem que só eles podem saber o que é melhor a cada um, e que para problemas  da vida não se toma remédio, tem que aprender a viver.

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