Doenças mentais no trabalho- O Líder um agente de mudanças!
Depressão em números: Uma realidade assustadora nos dias de hoje.
- De acordo com dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), até 2020, a depressão será a maior causa de afastamento do emprego no mundo.
- No Brasil, uma pesquisa realizada pela UnB - Universidade de Brasília- em parceria com o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) mostrou que quase 50% dos trabalhadores que se afastam por mais de 15 dias do trabalho enfrentam algum transtorno mental, tendo a depressão como a principal causa.
- Dados da Associação Brasileira de Transtornos Afetivos (Abrata) também mostram que 72% dos deprimidos desconhecem os sintomas e 44% mostram redução significativa de capacidade no ambiente de trabalho.
- As perdas ligadas à doença chegam a US$ 63,3 bilhões, atrás apenas dos Estados Unidos com US$ 84,7 bilhões, de acordo com dados da London School of Economics
A depressão até 2020 será a principal doença mais incapacitante em todo mundo. Mundo do qual encontramos a cada dia uma competição mais acirrada, onde muitas vezes os resultados financeiros são mais importantes do que as relações humanas.
De acordo com Michael Porter (1999), a empresa deve buscar as pressões, e jamais evitá-las, os desafios e as conquistas são baseados em uma posição de vantagem em relação aos seus competidores. Metas desafiadoras e por vezes inalcançáveis aumentam o clima de competição nas empresas, uma busca por mais eficiência e quando colocado esse fator elencado a uma sociedade econômica em decadência a luta por sobrevivência se torna vital e com impactos irreparáveis para saúde mental no trabalho.
Pessoas mais mecanizadas, individualistas e insensíveis, uma sociedade moderna liquida, pessoas robotizadas, trabalham sem emoção ou sentimento. Zygmunt Bauman (1999), impessoalidade, coisificar as relações e buscar o resultado a qualquer custo e de qualquer forma.
- A cada 45 segundos ocorre um suicídio em algum lugar do planeta, Onde se conclui que diariamente 1920 pessoas podem acabar com suas vidas, sendo que ao final de um ano o número de suicídios que ocorrem no mundo ultrapassa a soma de todas as mortes causadas por homicídios, acidentes de transporte, guerras e conflitos civis (VÄRNIK, 2012; OMS, 2014, apud BOTEGA, 2006).
- Esse fator coloca o brasil entre os dez países que mais registraram suicídios no mundo.
- Um estudo populacional revelou que, ao longo da vida, 17,1% das pessoas tiveram ideação suicida, 4,8% chegaram a elaborar um plano para tanto, e 2,8% efetivamente tentaram o suicídio.
Reconhecendo a situação atual, podemos criar estratégias de prevenção mais efetiva.
Sabendo que um humano é integrado, onde não se separa o pessoal do profissional, seria possível o líder conseguir compreender os sinais de uma possível ameaça à saúde mental e trabalhar para uma melhoria no ambiente, diminuindo os índices de afastamento por essa doença.
Alguns estudos dizem que sim, com pequenas ações:
1) Conscientização do problema: A pessoa compreendendo os sintomas ela é capaz de ser capacitada para atuar, buscar entender os sinais como, afastamentos, absenteísmo, conflitos, mudança de humor e entre outros.
2) Entender as ameaças: Essa etapa poderia ser capturada através de testes e questionários ao colaborador, precisa-se entender qual o agente e sua intensidade para aplicar a técnica correta de ação.
3) Preparar as pessoas para reagirem aos efeitos estressores: Ajudar as pessoas encontrarem suas válvulas de escape para lidar com os agentes de stress. Foi evidenciado que quanto o paciente mais se estuda o tema stress e doenças mentais, mas o indivíduo consegue encontrar formas de lutar e reagir.
4) Tratamento: A importância de procurar profissionais qualificados para compreender melhor o problema e encontrar formas para superar.
Assim, apesar de muito difícil, existem mecanismos já comprovados que ajudam a lidar com o stress no trabalho e a diminuir as doenças metais no trabalho, porém, exige maturidade do líder para reconhecer e priorizar as ações.
Muito obrigado,
Jackson Alves