Double Diamond: A base do Design Thinking entregando sucesso em Projetos de Implementações
Há alguns dias falamos de como o Desigh Thinking pode trazer uma boa perspectiva de sucesso em projetos de implementações. Veja aqui no link.
Porém não foi tratado sobre nenhuma ferramenta, apenas sobre a base do DT em Projetos. Hoje então, vamos falar sobre o Double Diamond, ou duplo diamante, para a construção da base do projeto até a entrega de funcionalidades.
Primeiramente vamos falar sobre o Double Diamond de uma maneira geral:
O Double Diamond é uma das ferramentas base do Design Thinking, trazendo uma ideia de brainstorming de maneira mais estruturada para viabilizar a geração de ideias, definir o que é relevante, refinar as ideias e projetizar as soluções.
É composto de 4 fases, sendo duas de divergência (descobrir e desenvolver) e duas de convergência (definir e entregar)
Ok! Mas como isso pode ajudar a agregar valor e trazer sucesso em projetos de implementação?
Para explicar cada fase do Double Diamond, já vamos fazer exemplificando diretamente em projetos de implementação:
1. Descobrir
Essa fase é onde começa a definição do objetivo ou a visualização do problema. É basicamente a criação do escopo do projeto onde iremos definir as premissas, restrições e requisitos do projeto. Descobrir o problema ou o objetivo e tudo o que permeia o trabalho de implementação.
Nessa fase é importante lembrar que está se levantando todos os requisitos necessários para a implementação, sendo assim a omissão ou falhas nesse processo podem gerar cargas de retrabalho e desgastes com o cliente ou usuário final da implementação.
Usando uma frase de Alvin Toffler:
“A pergunta certa é geralmente mais importante do que a resposta certa à pergunta errada.”
Podemos a partir dela levantar os insumos que serão necessários para que a Arquitetura de Solução possa começar as especulações para as resoluções dos problemas definidos ou o caminho de alcance para o objetivo.
Ao encerramento dessa fase gera-se um backlog de ideias que poderão ser aprimoradas e adaptadas nas fases posteriores.
2. Definir
Usando o backlog de ideias e informações levantadas na fase de descoberta podemos então definir como irá proceder o melhor caminho para a implementação, suas microentregas e finalmente toda a implementação concluída. Aqui também iremos definir as prioridades das entregas e tarefas realizadas.
Com tudo organizado podemos então visualizar qual será o caminho critico do nosso projeto e mitigar suas falhas no decorrer da implementação norteado por toda uma analise de viabilidade e pela afinidade com o objetivo.
Augusto Cury diz que os nossos maiores problemas não estão nos obstáculos do caminho, mas na escolha da direção errada. Nesse contexto, definido a direção correta e as ações necessárias para transpor os obstáculos podemos partir para o desenvolvimento da implementação.
3. Desenvolver
Aqui então vamos explorar tudo que foi levantado na fase e descoberta e definido na fase posterior.
É a fase “mão na massa” do Double Diamond onde as tarefas definidas para a implementação serão executadas. Várias ferramentas podem ser utilizadas para o acompanhamento e visão da execução como Trello ou MS-Project e isso vai depender da metodologia ou framework utilizado no gerenciamento do projeto.
Problemas que ocorrerem nessa fase podem ser mais facilmente resolvidos pois todo o levantamento do ambiente já foi devidamente trabalhado.
4. Entrega
Aqui é analisado todas as tarefas executadas na fase de desenvolvimento estão conforme o escopo inicial e então definido o aceite da implementação. Essa entrega pode ser feita em módulos ou total da implementação.
Essa fase não termina simplesmente na entrega do produto, aqui também, há uma necessidade do gestor do projeto de levantar todas as questões, problemas e material gerado e criar um backlog final da implementação ou as lições aprendidas de acordo com as boas práticas do PMBoK.
Em uma visão mais gráfica desses processos fica da seguinte forma:
Trazendo as técnicas de Design Thinking e com o uso do Double Diamond podemos então trazer uma maior agregação de valor ao projeto tendo uma maior visão dos problemas e caminhos a serem percorridos para o alcance do objetivo que é uma implementação com maior nível de assertividade e menor retrabalho e suporte.
Usando essa mesma ferramenta podemos também trazer o conceito de Design Sprints e ter um modelo de implementação baseado em sprints de tempo definido para a descoberta, definição, prototipação, desenvolvimento e testes entregando serviços e funcionalidades de maneira mais ágil e com maior visibilidade das tarefas executadas.