E AÍ, CAIU A FICHA?
A expressão acima foi muito utilizada nas décadas de 70 e 80 aqui no Brasil, quando os orelhões – protetores para telefone público, que funcionavam com a utilização de fichas metálicas, algo desconhecido de nossos filhos Teenagers, se espalharam pelas cidades brasileiras. Quando a ficha caía a ligação telefônica se completava, ou seja, se estabelecia o que chamamos hoje de conexão entre o telefone que faz a chamada e o que recebe. Passou a ser usada também, até aos dias atuais, no colóquio diário em analogia à coisa entendida, ou seja, quando a compreensão de determinada ideia, após a última informação assimilada tem seu significado completado entre os neurônios, também conhecidos como o “tico” e o “teco”, os dois esquilos de Walt Disney.
Com efeito, parece-me que “a ficha caiu” para empresários, executivos e gestores de pessoas, com o descobrimento do salário emocional. Explico rapidamente o que é isto: é tudo o que é oferecido pela empresa em benefício do colaborador, mas que não pode ser contabilizado financeiramente. A começar pelo bom ambiente de trabalho até a disposição genuína de gestores de entender os momentos emocionais de seus colaboradores, ajudando-os a obterem o melhor de seu desempenho e melhorando a autoestima profissional.
Se, para o empresariado a ficha caiu e descobriu-se de uma hora para outra que tão importante quanto o salário que remunera o tempo dispendido do trabalhador, assim o é a qualidade das emoções que este colaborador carrega consigo mesmo em sua alma na dura rotina diária do labor, parece-me que uma outra ficha ainda não caiu para muita gente que diz que crê em Deus, tem uma religião embora não "praticante", mas na "hora h", fica em cima do muro, se esconde atrás das dúvidas e descarrega um caminhão de perguntas sobre a existência de Deus e exigem a comprovação certificada em cartório da existência de Seu Filho Jesus Cristo.
Crer em Deus pode parecer difícil para alguns que alegam ser o mesmo invisível, mas a energia elétrica também é, no entanto, todos “creem” que ela exista porque veem suas manifestações em forma de luminosidade e calor, mas ninguém jamais viu a olho nu uma corrente elétrica, então porque não crer no Criador, chamado também de arquiteto do Universo, vendo suas obras e manifestações; o céu, o mar, a terra, os seres viventes, as estrelas, planetas, etc.?
Conectando uma coisa à outra somos muito práticos em rejeitar o que os olhos não vem e muito mais o que o coração não sente. Talvez, por isso, lembramos somente de Deus quando "o calo aperta" e só lembramos que os colaboradores são gente de corpo e alma, quando alguma coisa grave acontece: o sindicato bate na porta, o colaborador ajuíza a ação trabalhista ou o índice de absenteísmo bate nas nuvens.
Tratar gente como gente e Deus como Deus, parece tarefa árdua para muitos, alguns dizem até que escolheram profissões centradas em animais, computadores, objetos inanimados para não ter "problemas". Quanto a Deus, alguns dizem com arrogância do tamanho do monte Everest;"não sinto a necessidade de crer" e ponto final.
A falta de discernimento se alastra na sociedade moderna massacrada pela enxurrada de informação, a apostasia aumenta a cada dia e a frigidez de alma toma conta do pouco de sensibilidade que ainda resta no coração mas, há uma saída: voltar os olhos para Deus e encontrá-lo no fundo do coração no lugar especial e único onde só cabe Ele. No entanto, de onde vem a ajuda que tanto precisamos? Não conheço outro caminho senão a Palavra do próprio Deus, o Verbo. “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14:6)
Olhando para Jesus Cristo como o centro de referência da nossa vida, tornando-nos seus discípulos na prática, retomamos o caminho de volta para Deus. Vale a pena tentar porque o que está em jogo no longo prazo é ganhar ou perder a vida eterna que, no fundo no fundo, sabemos disso; porque por instinto corremos da morte, ela não está em nossos planos, porque queremos, também por instinto, viver eternamente e principalmente com quem nós amamos. “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”. (João 11:25)
Aplicação Prática:
1. Você crê em Deus como a Bíblia descreve? E no filho?
2. Qual é o significado da morte para você? E a vida eterna?
3. Já caiu a ficha pra você no contexto mencionado pelo autor?
Trecho extraído do livro 3 Minutos - Vida Corporativa Cristã.