E aí, estamos prontos para a retomada?

Pouco a pouco, o Brasil começa a retomar. Nem todos os indicadores são positivos ainda, alguns segmentos estão se saindo melhor, enquanto outros ainda demandam mais tempo para voltar aos patamares anteriores ao momento crítico. O fato é que no setor de serviços, é tempo de aproveitar a onda para valorizar as empresas, começando por compreender que valorizar o negócio vai além de faturar mais. 

Valorizar a empresa é agregar valor ao negócio. Facilitar a chegada de investidores pela transparência de todo o sistema e também trabalhar com o tripé: pessoas, meio ambiente e fluxo de caixa. Uma empresa é um corpo, composto de vários órgãos, o bom funcionamento integral é que garante o sucesso. A este funcionamento integral, metaforicamente falando, damos o nome de Governança Corporativa. 

O fato é que hoje pequenas e médias empresas que querem agregar valor ao negócio, melhorar a imagem e a reputação, ou seja, que anseiam que suas empresas saiam fortalecidas e valorizadas nesta retomada econômica precisam olhar para si mesmas e reavaliar o sistema de condução dos negócios. Deixar de lado antigos conceitos ou preconceitos e implantar um sistema de Governança Corporativa. Só assim poderão estimular um funcionamento equilibrado da empresa, com um olho no presente, no dia a dia, e a médio e longo prazo, garantindo o retorno aos seus acionistas.

Como conselheira de administração de algumas empresas familiares, tenho visto com muita alegria companhias nascerem com Conselhos de Administração montados. Prontos para acelerar o crescimento. Ouvi outro dia de um jovem empreendedor que a decisão de contar com um Conselho de Administração teve apenas um grande propósito: ajudar a errar menos.

Com a atuação de gente que já esteve à frente de outras empresas, que empreendeu, errou e acertou, este jovem empreendedor quer ir mais rápido, quer tropeçar menos. E posso dizer: ele está conseguindo, mais que dobrou o faturamento no segundo ano de vida, com as estratégias de Conselho Consultivo, pois se trata de uma empresa jovem.

Vejo como sabedoria, por parte de acionistas, a decisão de tirarem proveito da retomada econômica investindo em Governança Corporativa. O faturamento virá como consequência do aumento da demanda, mas a valorização da empresa, a possibilidade de captar investimentos e o aumento da rentabilidade só virão de fato em um novo sistema de trabalho e um novo jeito de pensar e conduzir seus negócios.