E Agora? Renda Fixa ou Variável?

Vou dar a minha opinião baseada em dois perfis de investidor: perfil moderado e perfil conservador. Antes, porém, vamos entender o atual contexto da economia para os investimentos.

A SELIC hoje está a 10,75% a.a. , com previsão de subir ainda mais. Este fato, por si só, já sinaliza para a renda fixa como uma ótima opção. Porém, para os investidores de longo prazo, tanto as ações brasileiras como os fundos imobiliários estão baratos e também representam uma ótima opção!

O ciclo de juros altos da SELIC ainda vai longe e o Tesouro Direto, as LCIs e LCAs representam boas opções. Os investidores com perfil conservador devem aproveitar as oportunidades do Tesouro Direto e das LCIs e LCAs que são isentas do imposto de renda sobre os lucros. São investimentos rentáveis com baixo risco.

Já os investidores com perfil moderado, podem aplicar parte dos seus recursos também na renda variável, em ações de empresas de setores mais perenes e em bons fundos imobiliários.

São setores perenes da bolsa de valores: bancos; saneamento; energia elétrica e seguros. Quanto aos fundos imobiliários, os fundos de tijolo de shoppings e galpões logísticos são boas opções.

E qual a proporção entre a renda fixa e a renda variável na minha carteira?

A resposta não é simples, mas podemos seguir a seguinte dica básica do mercado:

Percentual de renda variável:

Perfil Arrojado = 100 - idade

Perfil moderado = 80 - idade

Perfil conservador = 60 - idade

Como exemplo podemos apresentar a proporção na carteira, entre renda fixa e variável, de uma pessoa de 38 anos, com perfil moderado:

80 - 38 = 42, ou seja, essa pessoa deverá buscar uma carteira com 42% de renda variável e 58% de renda fixa.

Lembrando que existem outros métodos para calcular essa alocação, mas se você utilizar o método apresentado vai investir com segurança.

Marco Antônio Lucinda - Contador, Analista CNPI Pleno - APIMEC

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