E de repente, ficou tudo muito desconfortável.

E de repente, ficou tudo muito desconfortável.

E de repente, ficou tudo muito desconfortável.

A vida estava equilibrada, os projetos caminhando, a dieta indo bem, várias reuniões marcadas, você finalmente organizou sua rotina e do nada, o mundo virou cambalhota e tirou tudo do lugar.

Quem só convivia com a família à noite, passou a ter 24h de interação. Quem vivia entre amigos, está isolado em casa. Quem se orgulhava de sair tarde da empresa, se vê com tempo livre e não sabe como ocupá-lo, o trabalho tem acabado rápido em home office.

O desconforto se tornou presente e tomou conta de tudo. Mas somos teimosos, persistentes: queremos nos livrar dele.

Buscamos notícias avidamente em telejornais, redes sociais, sites tentando obter TODAS as informações do mundo para tentarmos nos sentir no controle da situação. 

Mandamos WhatsApp o dia todo para nossas equipes com diretrizes, ordens, relatórios, para nos certificarmos que tudo está sob controle e a roda não vai parar, nem o ritmo irá diminuir.

Agarramos com unhas e dentes, funções, rotinas que nos deem alguma certeza. O desconhecido pode ser algo assustador.

Enquanto escrevo esse texto, olho pela janela e o dia está lindo. O sol brilhando. Dia de praia.

Nos filmes de pandemia, está sempre cinza, as cidades destruídas e incendiadas, silêncio, neblina. Parece sem sentido fazer sol e haver barulho lá fora. Alguma coisa está fora de ordem.


Jung dizia “O que negas te subordina, o que aceitas te transforma”.

Eu digo “Aceita que dói menos”.

É hora de aceitar o desconforto.

Aceitar que como toda primeira vez em alguma coisa, não sabemos exatamente o que fazer. Que tem momentos que está pesado. Que a gente fica meio perdido algumas horas do dia. Aceitar que não estamos entendendo nada.

Está tudo bem se sentir assim. 

Diante da impotência nessa pegadinha da vida, façamos o que é possível ser feito. E fazer o possível já é muita coisa. Façamos com amor, com capricho, com dedicação.

O desconforto está presente. Deixa ele ficar presente. A gente pode crescer a partir do desconfortoE o modo como crescermos agora, vai significar a pessoa que seremos quando tudo passar. Porque vai passar.

E para eu ser bem repetitiva: “O problema nunca é o problema. O problema é como lidamos com ele.”

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P.S: Pequenas dicas práticas para restabelecer o equilíbrio quando o desconforto estiver muito grande.

1. RESPIRAR: Acredite, respirar fundo 10 vezes faz maravilhas pelo seu equilíbrio.

2. FOCAR NO PRESENTE: Puxa sua mente que está lá no futuro, elucubrando soluções, e traga para o aqui e agora. Ansiedade é excesso de futuro. E não serve para muita coisa

3. PARAR 10 MINUTOS: Faça algo que te dê muita alegria (brigadeiro, amassar o cachorro, ligar para um amigo).

Tenho certeza de que você já conhecia essas três dicas, mas não é sobre saber, é sobre fazer. Faça isso por você.


Patricia Capeluto é especialista em Resolução de Conflitos e Relacionamento Interpessoal. Na pandemia, tem abordado os conflitos internos que nos afligem ao lidarmos com essa situação desafiadora.

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Cátia Rodrigues

Mentora de Carreira em Turismo

4 a

Que mensagem reconfortante Patricia. Está tudo bem em não estar tudo bem né?!? Grata. 🙏

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