E a Educação Financeira Infantil?
A Educação Financeira é um assunto frequente e crescente a cada dia porém, é praticada como se deve?
Você já tentou ensinar a uma criança sobre os meios de troca, sobre o valor de algo que ela possui e sobre a frustração de não ter aquilo que quer e como poderia obtê-lo? Sabe quando começar? Se não tentou, deveria, é divertido e construtivo.
Certamente "começar o quanto antes" seria o correto e mesmo assim ficamos com a dúvida: "quando é o quanto antes?"
Ok, vamos lá.
O ponto de partida é o pedido universal: "Compra pra mim?". Por volta dos 7 anos de idade, acredito que já chegou a hora de trabalharmos o momento, sem ultrapassar os limites.
Acho que comprar num primeiro momento, geraria uma sensação de "se eu quero, eu peço e ganho" e essa ideia, na minha opinião pode se tornar um verdadeiro desastre. Não podemos mais perder tempo no que se refere à educação financeira de uma criança, todos as oportunidades de consumo devem ser aproveitadas para mostrar como o dinheiro funciona.
Acho que seria sensato dizer: "Compro, mas não agora. Vou te explicar o motivo". A partir daí inicia-se uma conversa franca e básica: "Não posso comprar isso agora pois, como você sabe, eu trabalho bastante pra ganhar dinheiro e antes de comprar alguma coisa, eu preciso pagar as contas que mantém a nossa casa. A água, a luz, o carro, o telefone, o supermercado. Depois que tudo isso for pago, aí sim eu poderia comprar mas, isso deve levar um tempo, tudo bem? Outra coisa é que eu só vou comprar SE SOBRAR dinheiro, tá?".
Ok, garanto que isso dará uma certa noção de como o dinheiro flui. Interessante, não?
O que chamo de "Contabilidade para crianças", os 7 anos é uma idade boa para esse aprendizado pois a alfabetização pode contribuir muito, ao mesmo tempo que a criança aprende a noção do fluxo financeiro (meu pai ou minha mãe trabalham, pagam suas contas e quando sobra dinheiro, nos compram coisas), ela pode desenvolver as habilidades e os interesses em fazer contas e controlar suas atitudes.
Vejam um exemplo interessante:
Recentemente comprei um pequeno caderno para os meus filhos e passei, a cada 15 dias, dar R$ 10,00 para eles levarem à escola. O caderno é simplesmente para o "registro contábil" desse dinheiro que eles mesmo devem fazer (afinal, a responsabilidade dos R$ 10,00 passou a ser deles, certo?). Deixei bem claro que, com esses R$ 10,00 eles poderiam COMPRAR O QUE QUISEREM na cantina da escola porém, se o dinheiro acabar, eles só ganharão novamente R$ 10,00 na próxima quinzena.
Na primeira semana, eles gastaram tudo, aquela ansiedade de poder comprar balas, chaveiros (???), adesivos de caderno e etc. Ajudei-os a registrar o que gastaram no caderninho e mostrei no calendário quanto tempo ainda faltava para os próximos R$ 10,00. Ficaram perplexos. Eles estava falidos....rs. Foi muito engraçado.
Expliquei então que eles não precisavam de tantas balas ou chaveiros e que eles poderiam ter comprado menos quantidades pois ter o dinheiro na carteira é tão legal quanto comprar coisas. Dei ênfase de como é legal se sentir rico, com dinheiro guardado.
Eles deram um leve sorriso, o interesse e o raciocínio foi instantâneo.
No decorrer do nosso processo de educação financeira, eles começaram a fechar a semana com sobras de R$ 4,00 e até R$ 5,00 cheios de interesse em "anotar" no caderninho o que foi gasto e quanto sobrou. Gratificante.
Porém, sugiro que sejam cuidadosos aos limites pois recentemente, um deles me falou "Olha, eu ganhei 20 dólares da vovó mas não presta porque eu não consigo comprar nada".
Certo, vamos esperar um pouco para mudar de nível né ?
Suce$$o !
Administrador Financeiro
8 aRealmente tudo começa na infância, está educação é imbatível, sucesso para toda vida👍👍👍
Estou a procura de uma vaga de trabalho
8 ajá faço isso com a minha filha.